Planeje sua trajetória com paixão e humildade, afirma Thaís Gervasio da Ecolab Brasil
Na coluna desta semana, conheça a história de Thaís Gervasio, Presidente da Ecolab Brasil
Publicado em 4 de agosto de 2023 às, 13h09.
Aprendi desde cedo a valorizar as pessoas e princípios essenciais como honestidade, integridade e sustentabilidade para planejar uma carreira, e assim ter sucesso no mundo executivo, ainda majoritariamente masculino. Como líder, busco estimular iniciativas inerentes à sustentabilidade, diversidade e equidade, além de incentivar a melhoria contínua, sempre com muita paixão. Motivação, humildade e flexibilidade auxiliam-me a constituir legados sólidos e, desde 2022, honrosamente ocupo a posição de Presidente da Ecolab no Brasil, empresa líder global em sustentabilidade e, portanto, com valores alinhados aos meus.
Nasci e cresci em Santo André (SP), em uma família de classe média baixa, ao lado dos meus pais e irmãos, todos muito importantes na edificação do meu perfil. Tive uma infância bem simples, mas bastante divertida, brincando na rua – coisa rara atualmente. Meus irmãos Stela, Régis e Elton serviram como as primeiras inspirações e foram fundamentais para o meu desenvolvimento e sucesso profissional.
Minha mãe (Ediméia) era professora estadual, enquanto meu pai (Vicente) possuía uma empresa de manutenção de veículos. Estudei em escola pública até a 8ª série, e concluí o Ensino Médio em uma instituição particular subsidiada. Sempre fui muito esforçada e dedicada aos estudos, buscava ser a melhor aluna. Como minha mãe era da área de Educação, sempre me trazia materiais adicionais para acelerar o meu desenvolvimento. Assim, enquanto cursava o último ano do Ensino Médio, ganhei uma bolsa integral no curso preparatório para o vestibular do Anglo, com o objetivo de ingressar em uma faculdade de primeira linha.
Sempre muito dedicada, graduei-me em Engenharia Química pelo Instituto Mauá de Tecnologia, aos 22 anos. Inicialmente, pretendia seguir em Engenharia Civil, mas a minha irmã, que é arquiteta, ajudou-me a decidir pela Química. Além disso, apreciava muito as disciplinas relacionadas ao campo das Ciências e Exatas e um teste vocacional validou a minha decisão.
Desenvolvi-me precocemente, aprendi computação e programação sozinha e bem jovem, lendo os livros que meu irmão mais velho utilizava na faculdade de Ciências da Computação. Acredito que tenho uma personalidade à frente do meu tempo. Com 15 anos, já trabalhava em uma locadora de vídeo, buscando a minha independência financeira. Já no terceiro ano da faculdade, aos 19 anos, ao passar em frente da fábrica da Petroquímica União, hoje Braskem, decidi enviar meu primeiro currículo e comecei então o meu primeiro estágio na área de Engenharia.
Na Braskem, tive o meu primeiro contato com o universo corporativo, atuando durante um ano na área de Produção da empresa. Eu era a única mulher da equipe, composta por aproximadamente 500 homens. Na faculdade, também encontrei uma situação similar, com pouquíssimas mulheres. Ou seja, já estava acostumada com esse cenário desde cedo.
A paixão pelo Marketing e os desafios iniciais
Após um ano na Petroquímica União, recebi a indicação para entrar na empresa General Electric (GE), em uma divisão de tratamento de água, atendendo a Braskem. Nessa companhia, construí uma bela trajetória durante 14 anos, assumindo posições importantes e com enormes aprendizados. Percorri toda a carreira de Vendas, assumi posições de liderança em diferentes áreas, sempre viajando bastante, expandindo meus conhecimentos e atendendo a diversos segmentos e indústrias. A GE foi uma grande escola e, sem dúvida, muito do que sou hoje como profissional foi consolidado nesse período.
Conforme ampliava o meu crescimento profissional, decidi cursar um MBA em Marketing na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), alterando a minha trajetória para essa área. No meu período de estágio na GE, tive um grande mentor (Américo Apostolo) que sempre me guiava a pensar estrategicamente, a não executar nada no automático e sempre buscar o meu aprimoramento. Foi ele quem me inspirou a olhar o Marketing como uma opção de carreira.
Naquela época, a GE contava com um programa de desenvolvimento de líderes e fui selecionada para fazer parte do chamado ECLP, Experienced Commercial Leadership Program, um programa de 2 anos, com passagens por diferentes áreas. Assim, realizei três job rotations (Marketing Estratégico, Marketing de Produto e Vendas), sendo que, em um deles, fiquei alocada nos Estados Unidos por um ano. Essa experiência nos Estados Unidos também foi muito relevante para meu desenvolvimento pessoal e profissional. Aceitei o desafio de mudar para um país diferente com o meu marido e com o meu filho de 1 ano e meio. Foi um grande aprendizado trabalhar em uma outra cultura e enfrentar desafios bem diferentes dos encontrados no Brasil.
No entanto, ao voltar para o Brasil, encontrei um contexto desagradável. A empresa havia colocado o negócio em que eu trabalhava à venda, com uma pessoa de fora à frente, tomando decisões, sob o meu ponto de vista, contraditórias e desalinhadas com o que eu acreditava. Após diversas reestruturações e ao retornar da minha licença maternidade, passei a liderar diretamente 60 pessoas. Fazer um bom trabalho e cuidar da minha família sempre foi minha prioridade, e o cenário da época na GE não me trazia essas duas coisas. Resolvi buscar outra oportunidade, na qual eu pudesse continuar entregando excelentes resultados e ter qualidade de vida junto à minha família, meu filho de 4 anos e uma bebê de 6 meses de idade.
Felizmente, a oportunidade apareceu rapidamente. Considero essa tomada de decisão como o meu grande ponto de inflexão, pois deixei a minha zona de conforto e a empresa em que tanto aprendi e cresci. Um momento de tristeza, mas, por outro lado, um grande desafio e uma oportunidade. Naquela época, eu acreditava que me aposentaria na GE – adorava o ambiente, as pessoas, os processos, mas os novos direcionamentos não se alinhavam à minha visão de futuro. Construí um grande legado na GE, mas o deixei em busca de um novo horizonte.
Recebi uma oferta de uma empresa concorrente, para construir um time de gerentes de Contas Corporativas para a América Latina. Foi uma grande mudança em termos de carreira, recomeçar do zero em outra organização. Permaneci quase dois anos nessa nova empresa, mas sentia que não havia encontrado ainda a minha “nova casa”. Decidi, então, buscar novamente outro desafio profissional.
A ascensão e os desafios como presidente da Ecolab
Assim, logo no início de 2016, surgiu uma proposta para me tornar diretora de Marketing para a América Latina na Ecolab. O Marketing sempre fez o meu coração pulsar mais forte e acredito que a minha carreira em vendas fez com que eu tivesse uma perspectiva diferente dos outros profissionais de Marketing. Por isso, tive sucesso também nessa área.
Durante esses sete anos, assumi inicialmente a posição de diretora de Marketing e, na sequência, incorporei a área de Contas Corporativas. Em 2019, retornei à área de negócios, assumindo a divisão de tratamento de água no Brasil (Nalco Water Light). Após dois anos com excelentes resultados, passei a liderar essa mesma divisão para a América Latina. Fui então promovida à Presidência da empresa no Brasil, no dia 1 º de junho de 2022.
Confesso que assumir a Presidência da Ecolab no Brasil foi uma grata surpresa. Em minha carreira, muitas coisas aconteceram naturalmente. Eu não estava procurando, naquele momento, outra oportunidade. Aconteceu do dia para a noite, mas fiquei muito contente. Foi a comprovação do valor do meu trabalho, da confiança depositada em mim para liderar os negócios e a organização do Brasil como um todo.
Apesar da Ecolab no Brasil apresentar-se em evolução nos últimos anos, ao ser promovida, ainda lidávamos com resultados incertos. Por conta disso, considero como um grande sucesso em meu currículo liderar a Ecolab com a entrega de resultados espetaculares, bem acima das metas estabelecidas, tendo como base um crescimento sustentável e contínuo.
Antes, já havia liderado uma divisão que apresentava baixa lucratividade e que, atualmente, é a maior divisão e uma das mais rentáveis da companhia no país. Ou seja, mais um turnaround, uma virada de jogo realizada com sucesso em minha carreira.
Costumo dizer que sempre solucionei problemas. Meus desafios profissionais foram sempre voltados para liderar áreas, distritos, divisões, times que não apresentavam resultados e transformá-los em equipes de alta performance. Tive a sorte de encontrar profissionais extremamente capacitados, competentes, dedicados, que me ensinaram muito e me ajudaram a superar todos esses desafios. Quando há parceria entre líderes, liderados e áreas de apoio, chegamos a resultados incríveis e nunca vistos.
Ao assumir a Presidência da Ecolab, fiquei à frente de todas as áreas no Brasil, inclusive aquelas às quais não detinha tanta experiência, como RH, Finanças, Suprimentos. Mas enxerguei como uma grande oportunidade para seguir aprendendo e me desenvolvendo. Há muita responsabilidade – hoje contamos com um time de 1.600 funcionários no Brasil. Vai além do cargo, pois me sinto responsável também pelas famílias de todos os envolvidos.
Aproveito a minha trajetória profissional para reforçar a importância do papel das mulheres no universo executivo. A primeira impressão é de que existe o preconceito, principalmente com as mais jovens e com histórico de sucesso. Não há credibilidade de imediato, o que requer entregar mais do que os outros. Apesar disso, considero nunca ter vivenciado a discriminação de forma explícita. Mas, em alguns casos, isso aconteceu de maneira velada.
Durante minha trajetória profissional, por diversas vezes, fui a primeira mulher a assumir certos cargos, principalmente de liderança, e acredito ter aberto portas para os talentos femininos que vieram a seguir. Um exemplo nítido ocorreu na Petroquímica União, pois não havia banheiro feminino na área de Produção na minha época e tiveram de construir um com a minha chegada. Portanto, creio que tenho também esta missão: seguir abrindo portas para mulheres, por meio do meu exemplo. Outra situação ocorreu quando fui efetivada na GE, com 23 anos, assumindo um time com oito homens, todos mais velhos. Pouco a pouco, rompi paradigmas com o meu esforço, dedicação e excelentes resultados.
“Só sei que nada sei” – invista no aprendizado contínuo
Evidentemente, a pessoa precisa estar preparada para ocupar determinada posição, independentemente de fatores conectados à diversidade e equidade. Com essa linha de raciocínio, reforço o valor do aprendizado contínuo: seja qual for o foco, acadêmico ou prático, o essencial é manter-se atualizado. Mas somente isso não é o suficiente. Todos os dias é preciso aprender algo novo – o mundo está em constante transformação, com muitas atualizações e informações geradas em tempo recorde.
É imprescindível estarmos prontos para assimilar conhecimentos diversos. Essa é uma filosofia que me ajuda em termos de motivação, frente a um desafio ou para impulsionar o meu crescimento pessoal. Trata-se de algo crucial, pois caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos obsoletos e estagnados.
Ao olhar para trás, analiso que, quando jovens, cometemos vários erros por falta de maturidade. Apesar de sempre me dedicar intensamente ao que me proponho realizar, por muitas vezes, encontrei pessoas com perfis diferentes do meu. E isso me irritava. Essa atitude levou-me a promover conflitos desnecessários. Aprendi que cuidar das relações é primordial para manter o nosso crescimento profissional, contando com a humildade para aprender com os erros e, assim, não os repetir.
No início da minha carreira, eu tinha uma visão bastante limitada em termos de futuro: pretendia trabalhar na área técnica e jamais tinha pensado em ocupar a posição na qual me encontro. Quando fui realocada para Vendas, fiquei bastante decepcionada. Não me imaginava na área Comercial, tendo cursado uma universidade extremamente técnica. Crenças que foram rompidas ao longo da minha caminhada. No começo, não conseguia enxergar amplamente as questões relacionadas à profissão e à vida, mas sempre deixei o meu radar aberto e planejei os meus próximos passos.
Aliás, uma pergunta que me fazem quase que diariamente: como conciliar todas as atividades sendo presidente da Ecolab Brasil? Como ter sucesso sendo profissional, mãe, esposa, filha e ainda ter tempo para cuidar de si? A minha receita é ter planejamento e disciplina, duas habilidades essenciais para conseguirmos executar todas as atividades com excelência. Coloque tudo que é importante na sua agenda, no seu planejamento e tenha muita disciplina para executar o planejado. E ainda, se não for realizar algo direito, simplesmente não assuma o compromisso. Procuro me dedicar ao máximo em tudo que faço, seja no meu tempo com meus filhos, fazendo exercícios físicos ou no trabalho.
No âmbito profissional, sempre entreguei o algo a mais e minha carreira evoluiu naturalmente, mudando de cargo a cada dois ou três anos, sem pular etapas. A minha vontade de migrar para o Marketing abriu várias portas, expandiu a minha experiência em estratégia e a minha visão de futuro.
Cito o filósofo Sócrates para esclarecer o meu pensamento: “Só sei que nada sei”. Tenho muito a aprender ainda – a cada porta aberta, novos aprendizados surgem, e eles são infinitos. Observo os meus filhos, João Felipe, de 14 anos, e Victória, 10, e fico espantada como eles são ágeis na assimilação de conteúdos diversos. Nem sequer faço ideia de algumas coisas do que eles estão falando e trato de correr para evoluir e me atualizar. As carreiras se estendem mais atualmente, o que é outro grande desafio, e com isso vem outra lição importante: estar conectada com pessoas melhores do que eu e mais atualizadas.
Sustentabilidade é essencial para o nosso propósito
A Ecolab é líder mundial em sustentabilidade. O nosso modelo de negócio é voltado para esse tema, porque protegemos o que é vital: água, alimentos, clima e saúde.
Grande parte das nossas operações é direcionada para o tratamento de água em indústrias, trazendo economia para o setor. Também oferecemos soluções e tecnologias para higiene e prevenção de infecções, totalmente voltadas para cuidar da saúde das pessoas, dos negócios e do nosso planeta.
O propósito da Ecolab foi um dos motivadores para a minha movimentação profissional, pois o vivenciamos todos os dias. Diferentemente de outras organizações, nós incorporamos a sustentabilidade e a agenda ESG naturalmente em nosso modelo de negócio. Temos como missão fazer com que nossos clientes se conscientizem sobre esses temas tão significativos e alcancem as suas metas operacionais e de negócios, com menor impacto ambiental e social possível.
Além disso, sou a primeira mulher a ocupar essa posição no Brasil, repetindo o pioneirismo sempre presente em minha carreira. Certamente, preciso continuar abrindo portas para as mulheres no mundo executivo, desenvolvendo talentos femininos e colocando a equidade sempre à frente do privilégio.
Como presidente da Ecolab, além de continuar entregando resultados e promover a sustentabilidade em nossos clientes, busco colocar foco no desenvolvimento das nossas pessoas e na valorização da diversidade no ambiente corporativo.
Também trabalhamos para construir o nosso legado, auxiliando e desenvolvendo as comunidades que estão localizadas próximas às nossas fábricas. Nesse ponto, destaco também a nossa parceria com a UWB (United Way Brasil), maior organização filantrópica do mundo, da qual faço parte do Conselho de Diretores no Brasil.
Embasada pela minha experiência, considero como o maior erro das companhias, na agenda ESG, a tentativa de implementar as diretrizes por obrigação, por ser o politicamente correto, mas sem o propósito adequado e genuíno. Penso que as empresas ainda não entenderam que para atrair novos profissionais, é necessário ter ações efetivas e mensuráveis em responsabilidade socioambiental e em diversidade, equidade e inclusão. E lógico, todas elas sempre pautadas pela ética e cumprimento da legislação. A nova geração busca isso, um ambiente inclusivo, no qual possam ser quem são e que a preocupação com o futuro do planeta e com o bem-estar das pessoas seja genuína e atuante. Organizações sem essa consciência ficarão para trás, deixarão de fazer negócios e de reter os melhores profissionais.
Temos na Ecolab metas de sustentabilidade estabelecidas até 2030 e outras para 2050, com indicadores claros e monitorados anualmente.
O ambiente colaborativo e as habilidades comportamentais
Ao analisar o perfil do novo líder, evidentemente enfatizo a formação técnica sólida, com a complementação de cursos de pós-graduação e MBA. No entanto, o conhecimento técnico não é necessariamente um diferencial, mas pré-requisito. O diferencial se encontra nas habilidades comportamentais, principalmente na inteligência emocional. Trabalhamos com equipes muito diversas, não somente de gêneros, faixas etárias, mas também com culturas diferentes.
E isso torna as empresas melhores, porque temos mais amplitude de ideias e, consequentemente, saímos daquele quadradinho estruturado. É essencial ao líder saber se adaptar a tudo isso.
Com diferentes características e perfis, torna-se desafiador manter os profissionais engajados e motivados. As habilidades interpessoais, de autoconhecimento e autopercepção devem ser consideradas. Para isso, temos que ter humildade e saber escutar os feedbacks, em prol do nosso próprio desenvolvimento e da motivação das equipes. O mundo mudou e muitas transformações ainda virão. E o líder tem de estar atento.
Cada empresa tem o seu próprio DNA e a sua cultura. A Ecolab é uma empresa com um ambiente bastante amigável e colaborativo. Ou seja, quando penso em contratar alguém, levo tais aspectos em consideração. Tenho de buscar nas pessoas características que se encaixem com o time. Portanto, se eu apostar em alguém extremamente agressivo, que não trabalha pensando no coletivo, certamente não dará certo.
Invisto naquele funcionário de perfil camaleônico, capaz de se adequar ao ambiente, flexível e com facilidade para construir relações interpessoais. Além disso, que esteja disposto a seguir aprendendo, com o objetivo de evoluir. Quem acha que sabe tudo, não terá oportunidade na Ecolab, pois acreditamos no lifelong learning. Nunca é tarde ou cedo para aprender algo novo.
Planeje sua trajetória com paixão e humildade
A motivação e a busca constante por novos conhecimentos devem permear os passos dos jovens. Jamais deixem de dar o seu melhor, com as portas abertas para as múltiplas oportunidades que irão aparecer.
Além disso, estejam abertos a ouvir, com humildade, compreendendo como o mercado se movimenta. Recomendo questionar-se todos os dias, elevando a sua barra de desempenho, trabalhando com dedicação e em algo que realmente ame fazer.
Por fim, foque em algo que seja apaixonante – isso evitará desgastes e frustrações. Adorei a minha faculdade e me encantei pela minha profissão. Por isso, aconselho a seguir este caminho, de se sentir feliz com o que faz e onde se faz. Caso contrário, tente outros caminhos – é possível ter sucesso em todas as profissões. É preciso aprender constantemente e buscar uma atividade alinhada aos seus sonhos, princípios e valores.