Hospital de Campanha do Complexo Esportivo do Ibirapuera: unidade deve contar com 268 leitos, sendo 240 de baixa complexidade e 28 de UTI (Miguel Schincariol/Getty Images)
Vinicius Lordello — Esporte Executivo
Publicado em 5 de maio de 2020 às 11h04.
“O mais sensato seria considerar 2020 um ano perdido para o Esporte”. É o que garante Leandro Mazzei, Presidente da Associação Brasileira de Gestão do Esporte (ABRAGESP), ponderando sobre a impossibilidade de assim ser feito por questões econômicas. Em entrevista ao Programa Esporte Executivo, o também Professor Doutor do curso de Ciências do Esporte da UNICAMP abordou a expectativa pelo reinício do esporte no Brasil.
Questionado sobre o cenário que vivemos, Mazzei pondera sobre, na hipótese de alguma contaminação por um atleta durante a competição ou um treino, quem por ela se responsabilizaria. Crava ainda que “Mídia e patrocinadores poderão questionar a relação custo x qualidade para o que investiram”. Isso porque “a pressão pelo retorno das competições pode gerar uma queda na qualidade do produto Esporte”.
Aos olhos da Ciência, Mazzei traz ainda uma visão preocupante para o médio e longo prazo: “Profissionais de todos os segmentos ligados ao Esporte vão sofrer os impactos da pandemia”. O presidente da ABRAGESP parece cético para um esporte pulsante em meio ao caos. Olhando sem interesses econômicos e com um mínimo de bom senso, quem cético não está?