Out-dated electrical waste for recycling (Envato)
CEO da beuty'in
Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 13h02.
Com a chegada de 2025, surge uma oportunidade para os empreendedores: focar na sustentabilidade e na gestão adequada do lixo eletrônico. O descarte inadequado desses resíduos não apenas prejudica o meio ambiente, mas também representa um risco significativo à saúde pública. Resíduos perigosos, como aqueles que são inflamáveis, corrosivos, reativos e tóxicos, podem causar doenças e malformações, tornando essencial a conscientização sobre a correta destinação desses materiais.
Desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece diretrizes claras para o descarte e tratamento de diversos produtos, incluindo medicamentos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio, além de produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Essa legislação visa não apenas proteger o meio ambiente, mas também garantir a saúde da população.
Um exemplo notável de iniciativa nesse campo é a Green Eletron, uma entidade sem fins lucrativos que auxilia fabricantes e importadores a cumprir suas obrigações legais de logística reversa. A importância dessa prática é evidenciada por dados alarmantes: a maior recicladora de pilhas e baterias do Brasil, a Nexa, estima que apenas 5% desses materiais sejam descartados corretamente no país. Essa estatística revela um cenário preocupante, onde a maioria dos resíduos ainda é jogada de forma inadequada, contribuindo para a crescente crise do lixo eletrônico.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a produção de lixo eletrônico global está aumentando cinco vezes mais rápido do que o previsto. Nesse contexto, surgem empresas especializadas, como a Coopermiti, que realizam a coleta de resíduos em empresas, facilitando a destinação correta desses materiais. Aqui, as startups têm um papel crucial, atuando como intermediárias entre aqueles que desejam descartar seus resíduos e as entidades que podem recebê-los.
Atualmente, o Brasil recicla apenas 3% do seu lixo eletrônico, o que representa uma quantidade significativa de dinheiro e matérias-primas ainda úteis sendo desperdiçadas. Essa realidade não apenas afeta o meio ambiente, mas também impede o desenvolvimento de um mercado sustentável e lucrativo.
Portanto, é fundamental que os empreendedores fiquem atentos a essa questão. Embutido nesse negócio está não apenas o lucro financeiro, mas também a felicidade de contribuir para um mundo mais sustentável. Empreender com consciência é um caminho que não apenas liberta, mas também transforma.
Que 2025 seja um ano de mudanças significativas, onde a sustentabilidade e a responsabilidade social se tornem pilares fundamentais para o sucesso dos negócios. Vamos juntos empreender com consciência e fazer a diferença!
Feliz 2025!