Como a próxima geração da IA irá remodelar negócios e setores globais
Ainda há espaço para inovação: como a IA deverá transformar os negócios em 2025, com automações e tomadas de decisões inteligentes
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às, 09h17.
Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às, 09h26.
Em 2025, um tipo emergente de inteligência artificial (IA), conhecida como Agentic AI, promete transformar os paradigmas empresariais ao oferecer automação de fluxos de trabalho complexos e tomadas de decisões em tempo real. Especialistas de mercado já apontam que essa evolução permitirá que organizações reimaginem como problemas serão solucionados, ao introduzir sistemas que são capazes de entender contextos mais profundos e colaborar proativamente com humanos. Para as empresas globais, isso significa não somente novas formas de operar, mas também novos desafios.
Um estudo recente da empresa de pesquisas Gartner projeta que, até o final de 2025, 70% das organizações terão implantado pelo menos um sistema Agentic AI. Vale ressaltar: esse uso da tecnologia não se limitará a setores que tradicionalmente empregam inovações, mas irá se expandir para áreas como saúde, logística e até o agronegócio. Um especialista de outra organização de pesquisas, o IDC, destacou como a automação inteligente criará oportunidades, mas exigirá mudanças estruturais nas empresas, ao afirmar que "estamos deixando de lado a IA reativa e entrando em uma era de sistemas que podem agir e aprender como agentes independentes".
Paralelamente, fechando o ano de 2024, a gigante de tecnologia Nvidia deu um grande passo ao lançar sua plataforma Jetson Edge AI. Este novo hardware é otimizado para implementar IA diretamente no limite da rede, permitindo processamento em tempo real, com menos dependência de conectividade com nuvens centrais. Para o agronegócio, o impacto será profundo: sensores equipados com essa inovação poderão monitorar a saúde das plantações, prever colheitas e até mesmo identificar pragas com precisão, em uma fração do tempo necessário hoje. Isso reflete o movimento crescente das empresas de se aproximarem de soluções de IA localizadas, uma tendência que, segundo a Forrester, deverá crescer 30% até 2025.
Mas nem tudo é avanço puro. As organizações enfrentam barreiras significativas para capitalizar sobre essas tecnologias. Um relatório da IDC apontou que, em 2024, 42% das empresas relataram dificuldades em treinar equipes para trabalhar com IA generativa e ferramentas avançadas de análise de dados. Esses desafios, combinados com preocupações crescentes sobre privacidade de dados, destacam que a adoção de IA vai muito além da instalação de novos sistemas — requer transformação cultural e operacional.
A competitividade também será reconfigurada por essas inovações. Empresas que investirem estrategicamente em Agentic AI e computação de borda terão vantagens significativas em eficiência e insights. No entanto, a Gartner também alerta que cerca de 40% das organizações que iniciarem esses investimentos sem uma estratégia clara poderão enfrentar atrasos ou retornos limitados, principalmente devido à falta de interoperabilidade entre sistemas legados e novos.
Apesar desses desafios, o potencial de impacto econômico é inegável. A Forrester prevê ainda que, globalmente, os investimentos em IA atingirão US$ 500 bilhões em 2025, com setores como manufatura e varejo liderando os gastos. No agronegócio, por exemplo, a integração da Jetson Edge AI poderia reduzir custos operacionais em até 20%, ao mesmo tempo em que melhora a sustentabilidade por meio do uso mais eficiente de recursos naturais.
A questão agora não é mais se a inteligência artificial será transformadora, mas quão rapidamente as organizações podem se adaptar a essas mudanças. À medida que 2025 se aproxima, os líderes empresariais terão de equilibrar investimentos em tecnologias emergentes com a gestão de riscos e o preparo de suas equipes. Em um mundo cada vez mais dominado por sistemas autônomos e inteligentes, a capacidade de se antecipar às mudanças será o maior diferencial competitivo.