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Empresários brasileiros sofrem com mercado, mas têm se unido para construírem juntos o país

Passando por questões burocráticas, fiscais até empregatícias, o empreendedor brasileiro, é antes de tudo, um sobrevivente

Passando por questões burocráticas, fiscais até empregatícias, o empreendedor brasileiro, é antes de tudo, um sobrevivente

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 13h03.

Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 17h44.

O empreendedor brasileiro, é antes de tudo, um sobrevivente. Desde questões burocráticas, fiscais até empregatícias, e esse cenário se agrava com o desafio de conseguir empréstimos junto aos bancos, com a alta da taxa dos juros acima dos 10%. Isso são apenas alguns dos pontos que resultam no fechamento de seis de cada dez lojas de comércio (PDVs) nos últimos 10 anos, segundo dados da Receita Federal e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

E quem sobrevive a essa realidade, vai terminar o ano sem bater suas metas. Recentemente, o G4 Educação, ao ouvir cerca de 1400 empreendedores, de diferentes setores e portes  de empresas, identificou que os principais entraves para conseguir alcançar a expectativa de venda são: estruturação e mapeamento de processos, gestão de pessoas e liderança, recrutamento e seleção, experiência do cliente e o crescimento sustentável.

Essas dificuldades não são exclusivas de 2024. Elas fazem parte de um ciclo que acompanha o empreendedorismo no Brasil há décadas. E para quebrá-lo, é preciso investir em mudanças profundas, começando pela compreensão do perfil do empreendedor brasileiro e os ajustes necessários para prosperar em um mercado tão desafiador. E eu vou mostrar o porquê, ao compartilhar algumas dicas de como superá-las estruturalmente. Ou seja, de uma vez por todas.

Mas antes acho importante falar um pouco sobre o perfil do fundador de empresas no Brasil. A  investidora early stage ACE Ventures, em conjunto com o Sebrae Startups, entrevistou cerca de 900 empreendedores com faturamento anual partindo de R$ 360 mil até receitas acima dos R$300 milhões, com a ideia de realizar uma fotografia da jornada do empreendedor no Brasil.

O relatório Founders Overview constatou que o perfil do empresário tem mudado: mais de 60% deles têm entre 35 e 54 anos. E a maioria (44,5%) resolveu apostar na jornada empreendedora após ter trabalhado no mercado corporativo. Ou seja, empreendedores jovens e sem muita experiência têm nadado e morrido na praia.

E como, então, mudar essa narrativa em 2025? Olhando da empresa para dentro, ou seja, desconsiderando desafios macroeconômicos - o Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo -, temos alguns caminhos para melhorar esta situação.

E eu me detenho aqui a cinco deles:

  1. Novas abordagens para geração de receita: não basta apenas ter boas ideias, é essencial entender o mercado, adaptar-se às mudanças e implementar estratégias que realmente conversem com as necessidades dos consumidores. Ferramentas de análise de mercado e um bom planejamento estratégico são aliados indispensáveis nesse processo;
  2. Uma cultura corporativa forte: alinhar valores organizacionais e estratégias de branding é fundamental para a construção da identidade interna de uma companhia e está diretamente ligada à percepção da marca pelo público e a motivação das equipes;
  3. Transforme desafios em oportunidades: sejam elas financeiras, emocionais ou baseadas em falta de informação, um diálogo produtivo é crucial para não apenas fechar mais negócios, mas também construir relacionamentos mais fortes e duradouros;
  4. Atenção ao timing na tomada de decisão: identificar rapidamente contextos críticos ou emergentes, permite a antecipação de ações estratégicas alinhadas às demandas do momento. No entanto, esse processo exige um equilíbrio entre a rapidez na tomada de decisão e a análise cuidadosa dos impactos a curto, médio e longo prazo, garantindo que as escolhas feitas no calor do momento sejam sustentáveis e alinhadas com os objetivos da companhia;
  5. Networking e liderança colaborativa: crescer rápido não é suficiente – é preciso crescer bem. Para isso, foque em construir relações autênticas com outros empreendedores e troque experiências nos bastidores - essa é uma das formas mais rápidas de se prevenir erros “evitáveis” e acelerar o crescimento.

Por fim, quando falamos em canais de venda, o relatório da Founders Overview traz um movimento interessante, acompanhando essa mudança de perfil dos empresários brasileiros. Quando perguntados como vendem seus produtos, os respondentes ressaltaram os seguintes canais: Parcerias (50%), WhatsApp (39,7%), Inside Sales (33%) e Eventos (29,2%). Chama a atenção o quanto as parcerias e eventos estão ganhando mais importância para negociações no ecossistema brasileiro.

As parcerias foram citadas por cerca de metade dos entrevistados como canal relevante de vendas, enquanto um a cada três pessoas têm frequentado mais eventos, como o G4 Valley - realizado pelo G4 Educação e que reuniu mais de 9 mil empresários em São Paulo -, com o intuito de evoluir a curva de aprendizado e construir relações com outros empreendedores e executivos.

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O empreendedor brasileiro, é antes de tudo, um sobrevivente. Desde questões burocráticas, fiscais até empregatícias, e esse cenário se agrava com o desafio de conseguir empréstimos junto aos bancos, com a alta da taxa dos juros acima dos 10%. Isso são apenas alguns dos pontos que resultam no fechamento de seis de cada dez lojas de comércio (PDVs) nos últimos 10 anos, segundo dados da Receita Federal e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

E quem sobrevive a essa realidade, vai terminar o ano sem bater suas metas. Recentemente, o G4 Educação, ao ouvir cerca de 1400 empreendedores, de diferentes setores e portes  de empresas, identificou que os principais entraves para conseguir alcançar a expectativa de venda são: estruturação e mapeamento de processos, gestão de pessoas e liderança, recrutamento e seleção, experiência do cliente e o crescimento sustentável.

Essas dificuldades não são exclusivas de 2024. Elas fazem parte de um ciclo que acompanha o empreendedorismo no Brasil há décadas. E para quebrá-lo, é preciso investir em mudanças profundas, começando pela compreensão do perfil do empreendedor brasileiro e os ajustes necessários para prosperar em um mercado tão desafiador. E eu vou mostrar o porquê, ao compartilhar algumas dicas de como superá-las estruturalmente. Ou seja, de uma vez por todas.

Mas antes acho importante falar um pouco sobre o perfil do fundador de empresas no Brasil. A  investidora early stage ACE Ventures, em conjunto com o Sebrae Startups, entrevistou cerca de 900 empreendedores com faturamento anual partindo de R$ 360 mil até receitas acima dos R$300 milhões, com a ideia de realizar uma fotografia da jornada do empreendedor no Brasil.

O relatório Founders Overview constatou que o perfil do empresário tem mudado: mais de 60% deles têm entre 35 e 54 anos. E a maioria (44,5%) resolveu apostar na jornada empreendedora após ter trabalhado no mercado corporativo. Ou seja, empreendedores jovens e sem muita experiência têm nadado e morrido na praia.

E como, então, mudar essa narrativa em 2025? Olhando da empresa para dentro, ou seja, desconsiderando desafios macroeconômicos - o Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo -, temos alguns caminhos para melhorar esta situação.

E eu me detenho aqui a cinco deles:

  1. Novas abordagens para geração de receita: não basta apenas ter boas ideias, é essencial entender o mercado, adaptar-se às mudanças e implementar estratégias que realmente conversem com as necessidades dos consumidores. Ferramentas de análise de mercado e um bom planejamento estratégico são aliados indispensáveis nesse processo;
  2. Uma cultura corporativa forte: alinhar valores organizacionais e estratégias de branding é fundamental para a construção da identidade interna de uma companhia e está diretamente ligada à percepção da marca pelo público e a motivação das equipes;
  3. Transforme desafios em oportunidades: sejam elas financeiras, emocionais ou baseadas em falta de informação, um diálogo produtivo é crucial para não apenas fechar mais negócios, mas também construir relacionamentos mais fortes e duradouros;
  4. Atenção ao timing na tomada de decisão: identificar rapidamente contextos críticos ou emergentes, permite a antecipação de ações estratégicas alinhadas às demandas do momento. No entanto, esse processo exige um equilíbrio entre a rapidez na tomada de decisão e a análise cuidadosa dos impactos a curto, médio e longo prazo, garantindo que as escolhas feitas no calor do momento sejam sustentáveis e alinhadas com os objetivos da companhia;
  5. Networking e liderança colaborativa: crescer rápido não é suficiente – é preciso crescer bem. Para isso, foque em construir relações autênticas com outros empreendedores e troque experiências nos bastidores - essa é uma das formas mais rápidas de se prevenir erros “evitáveis” e acelerar o crescimento.

Por fim, quando falamos em canais de venda, o relatório da Founders Overview traz um movimento interessante, acompanhando essa mudança de perfil dos empresários brasileiros. Quando perguntados como vendem seus produtos, os respondentes ressaltaram os seguintes canais: Parcerias (50%), WhatsApp (39,7%), Inside Sales (33%) e Eventos (29,2%). Chama a atenção o quanto as parcerias e eventos estão ganhando mais importância para negociações no ecossistema brasileiro.

As parcerias foram citadas por cerca de metade dos entrevistados como canal relevante de vendas, enquanto um a cada três pessoas têm frequentado mais eventos, como o G4 Valley - realizado pelo G4 Educação e que reuniu mais de 9 mil empresários em São Paulo -, com o intuito de evoluir a curva de aprendizado e construir relações com outros empreendedores e executivos.

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