Ciência

Vacina da Pfizer funciona contra mutações do coronavírus, diz estudo

Estudo, ainda não revisado por pares, indica que o imunizante é eficaz ao ser usado com até 16 variantes; novos testes serão feitos

Pfizer: vacina pode ser eficaz contra mutações do coronavírus (Eric Lee/Bloomberg)

Pfizer: vacina pode ser eficaz contra mutações do coronavírus (Eric Lee/Bloomberg)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2021 às 08h40.

A vacina do novo coronavírus produzida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech funciona também contra as mutações do vírus, segundo um estudo feito pela empresa e pela Universidade do Texas.

Os pesquisadores apontam que o imunizante é eficaz ao ser usado com até 16 variantes. O estudo ainda não foi revisado por pares.

A pandemia mexeu com a economia e os negócios no mundo todo. Venha aprender com quem conhece na EXAME Research

A pesquisa foi feita com base em amostras sanguínea de pessoas que já tomaram a vacina, que se mostrou eficaz ao neutralizar a mutação N501Y nas proteínas da espícula do vírus. Os resultados, no entanto, são limitados – uma vez que não analisam as mutações encontradas nas novas variantes, responsáveis por uma transmissão ainda mais alta da doença.

"Já testamos 16 mutações diferentes e nenhuma delas teve um impacto significante [na vacina]. Isso é uma boa notícia. Mas não significa que a 17ª não possa ter", afirmou Phil Dormitzer, cientista viral da Pfizer, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Mutações virais são comuns e, até o momento, não existe confirmação de que elas tornaram a covid-19 mais perigosa. Novos testes serão feitos para checar se a vacina é eficaz também contra as mutações encontradas no Reino Unido e na África do Sul. Os dados devem ser divulgados nas próximas semanas.

As fases para a aprovação de uma vacina

Para uma vacina ser aprovada, ela precisa passar por diversas fases de testes clínicos prévios e em humanos. Primeiro, ela passa por fases pré-clínicos, que incluem testes em animais como ratos ou macacos para identificar se a proteção produz resposta imunológica.

A fase 1 é a inicial, quando os laboratórios tentam comprovar a segurança de seus medicamentos em seres humanos; a fase 2 tenta estabelecer de a vacina ou o remédio produz imunidade contra um vírus.

Já a fase 3 é a última do estudo e procura demonstrar a eficácia da imunização.

Uma vacina é finalmente disponibilizada para a população quando a fase 3 é finalizada e a proteção recebe um registro sanitário.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoençasEpidemiasMortesPandemiavacina contra coronavírusVacinas

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus