Frances H. Arnold, George Smith e Gregory P. Winter ganharam nesta quarta-feira o prêmio Nobel de Química (Jonas Ekstromer/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de outubro de 2018 às 08h24.
Copenhague - A americana Frances H. Arnold, o compatriota George Smith e o britânico Gregory P. Winter ganharam nesta quarta-feira o prêmio Nobel de Química pela "evolução dirigida de enzimas", segundo informou a Academia Real das Ciências da Suécia.
"Os ganhadores do prêmio deste ano dominaram a evolução e usaram os mesmos princípios - mudanças genéticas e seleção - para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade", segundo o comitê da premiação.
Os métodos criados pelos premiados "agora são desenvolvidos internacionalmente para promover uma indústria química mais verde, produzir novos materiais, produzir biocombustíveis sustentáveis, diminuir doenças e salvar vidas".
O Nobel de Química foi dividido neste ano com uma metade para Arnold e a outra compartilhada entre Smith e Winter.
Arnold, doutora em engenharia química na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, realizou a primeira evolução dirigida de enzimas, as proteínas que catalisam as reações químicas nos seres vivos, que serviram para produzir desde biocombustíveis a remédios.
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The Royal Swedish Academy of Sciences has decided to award the #NobelPrize in Chemistry 2018 with one half to Frances H. Arnold and the other half jointly to George P. Smith and Sir Gregory P. Winter. pic.twitter.com/lLGivVLttB— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 3, 2018
Smith, doutor pela Universidade de Harvard, desenvolveu o método conhecido como "phage display", com o qual é possível conseguir novas proteínas quando um vírus infecta uma bactéria.
Winter, doutor pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, usou o "phage display" para produzir novos remédios, algo que atualmente levou à produção de anticorpos que podem neutralizar toxinas, contra-atacar doenças do sistema imunológico e curar inclusive o câncer com metástases.