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Tratamento com células-tronco reverte casos de impotência sexual

Os investigadores utilizaram células-tronco retiradas de gordura abdominal dos pacientes por lipoaspiração para injetar no pênis

 (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de março de 2017 às 09h56.

Última atualização em 25 de março de 2017 às 09h57.

Homens que não tinham ereções após retirar a próstata conseguiram manter relações sexuais recorrendo a um tratamento com células-tronco, revela um trabalho que será divulgado neste sábado, em Londres.

Em oito de 21 homens tratados foi possível reparar a disfunção erétil, apontam resultados preliminares "promissores" da investigação realizada pela equipe de Martha Haahr do hospital universitário de Odense (Dinamarca), que será apresentado no Congresso da Associação Europeia de Urologia, em Londres.

Os investigadores utilizaram células-tronco retiradas de gordura abdominal dos pacientes por lipoaspiração para injetar no pênis, e seis meses após o procedimento 8 dos 21 pacientes recuperaram função erétil suficiente para ter atividade sexual, o que foi mantido durante um ano de observação.

Nenhum dos 21 pacientes relatou efeitos colaterais significativos durante o período do procedimento e no ano seguinte.

Segundo Martha Haahr, "é a primeira vez que a terapia com células-tronco permite a pacientes recuperar uma função erétil suficiente para ter relações sexuais".

Os resultados deste teste clínico de fase 1, destinado em um primeiro momento a verificar a segurança dométodo, sugere a possibilidade de se tratar pacientes que sofrem disfunção erétil por outras causas, como diabetes, destacam os investigadores. "Mas trata-se de um teste limitado, sem um grupo-controle", acrescentou Haahr.

A equipe recebeu autorização das autoridades dinamarquesas para passar diretamente a testes de fase 3 e avaliar a eficácia do método em um maior número de pacientes operados de câncer de próstata, disse à AFP o doutor Lars Lund, do hospital universitário de Odense, que participou do trabalho apresentado em Londres.

O teste autorizado envolve somente pacientes com continência urinária e será comparativo. A incontinência urinária é um dos riscos da retirada total da próstata.

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