(Getty Images/Reprodução)
Maria Eduarda Cury
Publicado em 12 de maio de 2020 às 05h55.
Última atualização em 12 de maio de 2020 às 05h55.
Um novo estudo, realizado pela organização Applied Health Research Centre, no Canadá, indica que não existe uma relação entre a temperatura de uma região e a disseminação do novo coronavírus.
Reunindo dados de cerca de 144 regiões do Hemisfério Norte que registraram um alto número de casos de covid-19, os pesquisadores realizaram um estudo preliminar onde fatores como temperatura e latitude possuem um efeito direto na propagação do vírus.
Na primeira vez, o cenário foi de um verão não tão intenso, o que indicou que a contaminação poderia diminuir, como o esperado. Mas quando utilizaram o cenário de um verão bastante intenso, os pesquisadores perceberam que as contaminações aumentaram consideravelmente.
Se baseando em países como Austrália, Estados Unidos e Canadá, os pesquisadores analisaram essas regiões dentre os dias 20 e 27 de março, tais como suas temperaturas, umidade e latitude, e o nível de quarentena no qual estavam.
No estudo, Dionne Gesink, epidemiologista da Escola de Saúde Pública Dalla Lana diz que o aumento do número do casos do covid-19 não tem relação com a temperatura de um local, mas existe a possibilidade a transmissão estar associada com a umidade do ar.
"O crescimento epidêmico do covid-19 não foi associado à latitude e temperatura, mas pode ser [negativamente] associado fracamente à umidade relativa ou absoluta. Por outro lado, as intervenções de saúde pública foram fortemente associadas à redução do crescimento da epidemia. O verão não vai acabar com isso", comentou Gesink.
Os pesquisadores reforçam a importância de se proteger e permanecer seguro independentemente do clima de onde você estiver, por não haver nenhuma evidência concreta de que alguma temperatura diminui a ação do vírus.
Embora os cientistas tenham afirmado que não foram capazes de estudar todas as variáveis até o momento, eles declararam que a relevância do estudo é global.