Ciência

Tomar cerveja todos os dias ajuda a prevenir doenças do coração

Durante estudo, pesquisadores perceberam que o álcool reduziu o declínio natural dos níveis de HDL, conhecido como colesterol bom

Cerveja: apesar dos cientistas terem feito a pesquisa com outras bebidas, os efeitos do consumo de cerveja foram mais perceptíveis (Agência Odin / Veja BH)

Cerveja: apesar dos cientistas terem feito a pesquisa com outras bebidas, os efeitos do consumo de cerveja foram mais perceptíveis (Agência Odin / Veja BH)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 17h29.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 18h40.

Um novo estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia chegou à recomendação médica dos sonhos: beber cerveja todos os dias.

Os cientistas comprovaram que o consumo moderado da bebida pode reduzir as chances de ter um infarto ou outras doenças do coração.

A pesquisa, apresentada em um encontro da Associação Americana do Coração, examinou 80 mil chineses adultos e saudáveis durante um período de seis anos e percebeu que o álcool reduziu o declínio natural dos níveis de HDL – conhecido como colesterol bom, que age como um “detergente natural” ao limpar as moléculas de gordura do sangue.

Ao longo da pesquisa, os participantes responderam questionários sobre seus hábitos alcoólicos e fizeram exames de sangue periodicamente para medir os níveis de colesterol.

Aqueles que bebiam doses moderadas de álcool – duas por dia entre os homens e uma entre as mulheres – não viram seus percentuais de HDL despencar tão rapidamente (0.17mmol/por ano).

Entre os voluntários mais boêmios ou abstêmios, essa manutenção das taxas de colesterol não foi percebida.

As doses de cerveja foram medidas em “pints” (copo de 473 ml) – o volume de cerveja ingerido por um voluntário que bebe moderadamente não chega nem ao conteúdo de duas latas de cerveja.

Apesar dos cientistas terem feito a pesquisa com outras bebidas, os efeitos do consumo de cerveja foram mais perceptíveis. Os resultados do estudo são importantes, porque quanto maiores as concentrações de HDL, menores são as chances de desenvolver placas de colesterol “ruim” nas paredes das artérias e, consequentemente, obstruir o fluxo sanguíneo.

Uma boa descoberta, visto que os problemas cardíacos estão entre as doenças que mais matam no Brasil e no mundo.

Mesmo assim, os pesquisadores afirmam que para determinar a relação colesterol bom–cerveja, são necessários outros testes em populações com hábitos diferentes da chinesa.

Eles também alertam para os perigos que o excesso de álcool provoca no organismo, como aumento de peso, disfunções no fígado e o desenvolvimento de problemas no sistema nervoso.

Ou seja, não é pedindo mais uma saideira que você vai evitar um possível infarto – mas talvez molhar o bico ajude.

Essa matéria foi publicada originalmente na Superinteressante

Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicasCervejasSaúde

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus