Taxa superior a 1 indica que cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa (Pilar Olivares/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 13h58.
Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 15h04.
A taxa de transmissão do novo coronavírus (Rt) no Brasil nesta semana é a maior desde maio, de acordo com monitoramento do centro de controle de epidemias do Imperial College de Londres, no Reino Unido. O índice passou de 1,10 no dia 16 de novembro para 1,30 no balanço divulgado nesta terça-feira, 24.
A última vez que a taxa de transmissão se aproximou deste patamar no país foi na semana de 24 de maio, quando atingiu 1,31. A taxa de contágio (Rt) indica para quantas pessoas um paciente infectado consegue transmitir o novo coronavírus. Quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa. Isso representa o avanço da doença. Para a epidemia em um país ser considerada controlada, a taxa de transmissão precisa estar abaixo de 1. De acordo com os números atuais, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130.
Há duas semanas, o número ficou em 0,68, o menor valor desde abril. A data coincide com o atraso na atualização de casos e mortes por covid-19 pelo Ministério da Saúde. Problemas técnicos atrasaram o registro de novos casos e mortes. A pasta reconheceu na sexta-feira, 13, indícios de um ataque cibernético em seu sistema, mas ainda não há laudo conclusivo. Como o estudo considera esses dados, as estimativas também foram afetadas. A taxa de contágio retrata uma média nacional, sem abordar as particularidades de cada estado ou região.
A média móvel diária de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil ficou em 496 nesta segunda-feira, 23. O cálculo registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana. Desde ontem, foram registrados mais 17.585 casos e 344 mortes, segundo levantamento feito por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de saúde.
Das 48 vacinas em fase de testes, apenas 11 estão na fase 3, a última antes de uma possível aprovação. São elas a chinesa da Sinovac Biotech, a também chinesa da Sinopharm, a britânica de Oxford em parceria com a AstraZeneca, a americana da Moderna, da Pfizer e BioNTech, a russa do Instituto Gamaleya, a chinesa CanSino, a americana Janssen Pharmaceutical Companies e a também americana Novavax.