Ciência

Super Terra? Este planeta de 3 milhões de anos pode mudar o curso da ciência

O TIDYE-1b, como foi chamado o corpo celeste, é 1.500 vezes mais jovem do que a Terra

Super Terra: cientistas descobrem novo exoplaneta (NASA / JPL-Caltech / R. Hurt, K. Miller /Divulgação)

Super Terra: cientistas descobrem novo exoplaneta (NASA / JPL-Caltech / R. Hurt, K. Miller /Divulgação)

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 18h10.

Última atualização em 27 de novembro de 2024 às 10h01.

Tudo sobreNasa
Saiba mais

A descoberta de um exoplaneta extremamente jovem, chamado TIDYE-1b, com apenas 3 milhões de anos, tem desafiado a forma como a astronomia interpreta a criação de planetas no universo.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, publicaram a descoberta na revista Nature. Eles o encontraram meio do "método do trânsito", que utiliza o telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA.

Colisão de asteroides é flagrada pelo telescópio James Webb

Mais jovem e mais nítido

Planetas jovens já foram encontrados anteriormente, mas a idade nunca foi tão baixa: as mais recentes descobertas variam entre 10 e 40 milhões de anos. O TIDYE-1b é 1.500 vezes mais jovem do que a Terra, com 3 milhões de anos.

O fenômeno também surpreende pela condição única de visibilidade. Em geral, planetas em estágios tão iniciais de formação estão ocultos por discos de gás e poeira, conhecidos como "discos protoplanetários". A órbita de TIDYE-1b ao redor de sua estrela, no entanto, se dá em um ângulo que o torna visível, contrariando o que se sabia sobre os estágios iniciais da formação planetária.

Super Terra?

A equipe de astrônomos se mostrou especialmente intrigada pela possibilidade do TIDYE-1b evoluir para uma "superterra" ou um "subnetuno". Esses tipos de planetas, que não existem no Sistema Solar, são comuns em outras partes da galáxia, e sua formação em um período tão curto de tempo pode oferecer pistas sobre os mecanismos que regem a criação de mundos fora do nosso sistema planetário.

A proximidade de TIDYE-1b com a estrela do sistema — como o Sol para o sistema solar —, assim como o tempo que ele leva para completar uma órbita (9 dias), também adiciona um novo dado ao estudo da formação planetária. Cientistas acreditam que a pesquisa sobre este exoplaneta pode oferecer uma nova perspectiva sobre a velocidade das etapas iniciais da formação de planetas.

*Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e revisado por nossa equipe editorial.

Acompanhe tudo sobre:ExoplanetasPlanetasAstronomiaNasa

Mais de Ciência

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora

Pepita rara foi usada como peso de porta por décadas até donos se surpreenderem com valor milionário

Astronautas da China batem recorde dos EUA em caminhada espacial