Ciência

São Paulo confirma primeiro caso de reinfecção por coronavírus

A paciente apresentou a doença pela primeira vez em junho e teve um novo exame positivo em novembro, 145 dias após o primeiro diagnóstico

Coronavírus: doença já matou mais de 1,3 milhão de pessoas (Getty Images/Getty Images)

Coronavírus: doença já matou mais de 1,3 milhão de pessoas (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 21h47.

Última atualização em 16 de dezembro de 2020 às 21h47.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou, na noite desta quarta-feira, 16, o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus do Estado. Trata-se de uma mulher de 41 anos, moradora de Fernandópolis, no interior de São Paulo.

De acordo com a pasta, ela apresentou a doença pela primeira vez em junho, com resultado positivo em exame laboratorial. A paciente se recuperou e teve um novo exame positivo em novembro, 145 dias após o primeiro diagnóstico. A mulher está viva, mas não há informações sobre seu estado de saúde nem se a segunda infecção foi mais severa do que a primeira.

Segundo a secretaria, o caso apresentou todos os critérios estabelecidos em nota técnica do Ministério da Saúde para confirmação de reinfecção. Este seria o segundo caso do tipo no País. O primeiro foi anunciado no último dia 10 e ocorreu no Rio Grande do Norte.

A Secretaria da Saúde de São Paulo informou que o Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista, fez o sequenciamento do genoma completo dos vírus identificados na paciente e identificou que se tratam de duas linhagens distintas do vírus, o que pode justificar a reinfecção.

"Uma delas foi constatada exclusivamente no Brasil, e a outra já identificada tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Chile, conforme sequências comparadas com o banco de dados online e mundial GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data)", informou a pasta, em nota.

Os dois exames foram analisados pelo laboratório regional do Lutz de São José do Rio Preto. A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz.

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