Cólica Menstrual: dor intensa também é chamada de dismenorreia (Athima tongloom/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 26 de julho de 2023 às 11h00.
A cólica menstrual, também chamada de dismenorreia, é caracterizada por uma dor na região pélvica e acompanha boa parte das mulheres e outras pessoas com útero durante a idade reprodutiva. A intensidade dela pode variar e, até mesmo, irradiar para costas e pernas. Além disso, pode vir acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômito, dor de cabeça, cansaço, diarreia, entre outros.
Conforme explica a Dra. Juliana Sperandio, ginecologista parceira de Pantys, marca de calcinhas absorventes para menstruação, maternidade e incontinência, durante o período menstrual ocorre a descamação da camada interna do útero, chamada de endométrio. Então, ele é eliminado pela vagina em forma de sangue.
“Neste período, as contrações uterinas aumentam, justamente para auxiliar na eliminação do endométrio. Para auxiliar neste processo, há aumento de mediadores inflamatórios locais, e isso, associado à contratilidade uterina aumentada, pode causar dor do tipo cólica”, acrescenta a médica.
A cólica menstrual é classificada em:
Alguns fatores podem influenciar na intensidade da cólica menstrual, como estresse, uso de pílula anticoncepcional, idade, condições médicas (como a endometriose), exercícios físicos em excesso ou de exaustão e consumo de alimentos que causam distensão abdominal (como os processados).
“O mais importante é você perceber esses fatores no dia a dia, como eles te impactam ao longo do ciclo menstrual, e acolher seu corpo nestes momentos, evitando estes fatores de piora da dor”, recomenda a Dra. Juliana Sperandio.
Algumas atitudes podem ajudar a reduzir o desconforto da cólica
Algumas medidas não medicamentosas podem ajudar a reduzir a intensidade da cólica ou, até mesmo, cessá-la por um período. A Dra. Juliana Sperandio recomenda o uso de compressas quentes na região da pelve e lombar, pois ajuda a relaxar os músculos uterinos. Outra dica da ginecologista é realizar massagens na região lombossacral (região baixa das costas), para reduzir a tensão muscular.
Além disso, também é possível apostar em:
1. Exercícios físicos
Praticar atividades físicas leves, como caminhada ou yoga, pode aumentar a circulação sanguínea e liberar endorfinas, substâncias naturais que podem ajudar a reduzir a dor.
2. Alimentação balanceada
Consumir frutas, legumes, grãos integrais e muita água, ajuda a reduzir a inflamação do corpo e manter a hidratação.
3. Descanso
Relaxar e descansar é importante para ajudar a amenizar a cólica e reduzir as contrações dos músculos.
4. Consumo de chás
Tomar chás de camomila, de gengibre, de hortelã e de erva-doce pode ajudar a reduzir a cólica menstrual. Isso porque essas ervas possuem propriedades calmantes e anti-inflamatórias.
5. Evite cafeína e alimentos ricos em sal
Eles podem contribuir para a retenção de líquidos e agravar o desconforto da cólica menstrual.
Além disso, medicamentos também podem ser utilizados para reduzir a cólica. No entanto, eles só devem ser consumidos com orientação médica. A automedicação pode oferecer riscos à saúde e camuflar sinais de um problema mais grave.
Para a Dra. Juliana Sperandio, as mulheres e outras pessoas com útero foram sempre ensinadas que sentir dor durante a menstruação é normal e que devem se adaptar a ela. No entanto, a dor pode ser sinal de que algo no corpo não está bem. Ainda segundo a médica, a normalização da dor, nos impede de olhar de fato para o nosso corpo e identificar problemas de saúde.
Por isso, a ginecologista indica procurar um ginecologista ao apresenta um ou mais destes sintomas que causa dor e comprometimento da qualidade de vida:
Dessa forma, é possível investigar e tratar possíveis problemas de saúde como endometriose, adenomiose e miomas uterinos.