Missão Dart: Nasa faz primeiro teste de defesa planetária da história (Nasa/Reprodução)
Foi em velocidade hipersônica que a espaçonave Dart da Nasa se chocou contra Dimorphos, um asteroide distante da Terra, em um teste do primeiro sistema de defesa planetário do mundo, projetado para evitar uma potencial colisão de meteorito com a Terra.
O final do voo espacial suicida, ocorrido na segunda-feira, 26, rendeu um vídeo que registrou o singular momento jamais visto pela humanidade.
Agora, novas fotos capturadas por seu companheiro de viagem, um satélite cubo chamado LICIACube, revelam como foi o impacto de outra perspectiva.
O Light Italian CubeSat for Imaging of Asteroids, cedido pela Agência Espacial Italiana, foi implantado da espaçonave Dart em 11 de setembro e viajou atrás dele para registrar o evento a uma distância segura de cerca de 55 quilômetros.
Três minutos após o impacto, o CubeSat passou por Dimorphos — que orbita um asteroide maior, Didymos — para capturar imagens e vídeos.
A série de imagens mostra material brilhante sendo liberado da superfície de Dimorphos após a colisão. Didymos está em primeiro plano.
“Aqui estão as fotos tiradas por LICIACube da primeira missão de defesa planetária do mundo. Foi exatamente aqui que a Nasa Dart Mission terminou. Uma emoção incrível, o início de novas descobertas”, dizia um tweet da Argotec Space, empresa italiana que desenvolveu o CubeSat para a Agência Espacial Italiana.
A missão Dart deve levar cerca de dois meses para confirmar, por meio de observações de telescópios terrestres, se houve sucesso em diminuir ligeiramente a órbita de Dimorphos em torno de Didymos, observatórios, incluindo o Projeto Telescópio Virtual em Roma, já estão compartilhando sua perspectiva do evento de colisão.
Astrônomos do observatório Les Makes, na ilha francesa de La Reunion, no Oceano Índico, também compartilharam uma sequência de imagens que mostram o asteroide brilhando após o impacto, bem como uma nuvem de material que foi liberada de sua superfície posteriormente. A nuvem derivou para o leste e se dissipou lentamente, de acordo com a Agência Espacial Europeia.
À medida que os astrônomos de todo o mundo se instalam para estudar suas observações do sistema de asteroides após o impacto, a missão Hera da ESA está se preparando para uma futura visita a Didymos e Dimorphos.