Ciência

Farmacêuticas anunciam parceria para produzir remédio contra covid-19

A combinação de dois anticorpos antivirais experimentais da Regeneron está na fase final de testes clínicos

O acordo permitirá aumentar em mais de três vezes a capacidade produção do REGN-COV2 (Brasil2/Getty Images)

O acordo permitirá aumentar em mais de três vezes a capacidade produção do REGN-COV2 (Brasil2/Getty Images)

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AFP

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 09h38.

Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 09h52.

O laboratório farmacêutico suíço Roche anunciou nesta quarta-feira, 19, um acordo com o grupo americano Regeneron para a fabricação e distribuição de um tratamento contra a covid-19 que está na fase final de testes clínicos. 

"Roche e Regeneron anunciam uma união de forças na luta contra o novo coronavírus para desenvolver, fabricar e distribuir o REGN-COV2, combinação de anticorpos antivirais experimentais da Regeneron, às pessoas de todo o mundo", afirma um comunicado do grupo suíço.

O REGN-COV2, medicamento da Regeneron que combina dois anticorpos, está atualmente na fase 2 e 3 dos testes clínicos para o tratamento e a prevenção da doença.

Como parte do acordo, caso o REGN-COV2 "se mostre seguro e eficaz nos testes clínicos e receba as autorizações regulatórias", a Roche assumirá a distribuição fora dos Estados Unidos (a Regeneron fará a distribuição em território americano).

O acordo permitirá aumentar em mais de três vezes a capacidade produção do REGN-COV2, segundo o laboratório Roche. Os grupos já iniciaram o processo de transferência de tecnologia.

Desde o início da pandemia, que começou a assolar outros lugares fora da China em janeiro, cientistas e pesquisadores têm tentado encontrar uma solução para a doença. Já são mais de 22 milhões infectados globalmente e cerca de 781 mil mortes. O Brasil, segundo país com mais casos, tem mais de 3 milhões de doentes doentes e mais de 109 mil óbitos, segundo o monitoramento em tempo real da universidade americana Johns Hopkins.

Ainda não existe nenhum medicamento ou vacina aprovado como prevenção contra a doença.

Uma pesquisa aponta que as chances de prováveis candidatas para uma vacina dar certo é de 6 a cada 100 e a produção pode levar até 10,7 anos. Para a covid-19, as farmacêuticas e companhias em geral estão literalmente correndo atrás de uma solução rápida.

Entre os remédios que apresentaram bons resultados está o remdesivir, medicação intravenosa que mostrou bons resultados na redução do tempo de internação dos pacientes infectados pela covid-19. Outros estão sendo estudados e alguns já foram descartados, como a cloroquina.

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