O estudo apontou ainda que o asteroide deve se aproximar do nosso planeta no ano de 2.135 (Nasa/Divulgação)
Agência O Globo
Publicado em 13 de agosto de 2021 às 12h00.
Última atualização em 13 de agosto de 2021 às 15h24.
Cientistas da Nasa divulgaram na quarta-feira novas informações sobre o risco de o asteroide Bennu colidir com a Terra. Os dados foram obtidos pela sonda Osiris-Rex e mostram que a chance de o fenômeno ocorrer nos próximos dois séculos aumentou, mas ainda é muito pequena: 1 em 1.750. O estudo apontou ainda que o asteroide deve se aproximar do nosso planeta no ano de 2.135, e uma colisão poderia ocorrer em 24 de setembro de 2.182.
A sonda Osiris-Rex chegou ao Bennu em 2018 e coletou durante dois anos e meio informações bastante precisas sobre o asteroide com 500 metros de diâmetro. Agora ela está realizando a viagem de volta, que só deve terminar em 2023.
— Não devemos nos preocupar muito com esse risco. Agora temos uma ideia muito melhor do caminho de Bennu graças à Osiris-Rex. Portanto, acho que, de modo geral, a situação melhorou — disse em entrevista Davide Farnocchia, cientista do Centro para Estudos de Objetos Próximos à Terra no Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena, Califórnia, principal autor do estudo.
De acordo com a agências de notícias AP, a pesquisa analisa que durante a aproximação do Bennu com a Terra em 2.135, ele passaria numa distância equivalente a metade do caminho entre nosso planeta e a Lua. A gravidade da Terra poderia então ajustar a rota e posicionar o asteroide numa trajetória de colisão.
Uma colisão eliminaria a vida na Terra com a formação de uma cratera que teria até 20 vezes o tamanho do asteroide. A área de devastação seria muito maior: até 100 vezes o tamanho da cratera.
— A devastação seria enorme, mas daqui a cem anos, quem sabe quais serão os avanços da tecnologia? — ressaltou Lindley Johnson, oficial de defesa planetária da Nasa.
Em novembro, a agência espacial americana pretende fazer uma missão teste com o objetivo de tirar um asteroide de sua rota após atingi-lo. O alvo experimental será uma parte secundária do asteroide Didymos, com um tamanho mais aproximado de rochas espaciais que poderiam representar uma ameaça para a Terra.