Antártica: antes desta descoberta, o maior mosassauro encontrado na Antártica era o Taniwhasaurus antarcticus, um predador com um crânio de cerca de 70 cm (AFP)
AFP
Publicado em 10 de novembro de 2016 às 15h43.
Paleontólogos chilenos descobriram os restos fósseis de um imenso mosassauro, um réptil gigante considerado o maior predador marinho do período Cretáceo que habitou a Antártica, de acordo com uma pesquisa científica divulgada nesta terça-feira em Santiago.
O enorme fóssil foi encontrado em uma expedição realizada em 2010 à ilha Seymour (Marambio) da península Antártica.
Após anos de pesquisa, foi possível estabelecer que se tratava de um mosassauro, um dos maiores animais do Cretáceo até o final da era dos dinossauros e que viveu há cerca de 66 milhões de anos, segundo a pesquisa do Museu de História Nacional de Santiago.
"Depois de muito tempo e debate sobre a anatomia desse exemplar e sua comparação com outras espécies de mosassauros do mundo, concluímos que esse exemplar era uma espécie não conhecida e seu tamanho muito superior em relação a outros répteis marinhos predadores", explicou David Rubilar, chefe da área de paleontologia do Museu.
Os pesquisadores batizaram a espécie de Kaikaifilu hervei, em referência a um réptil da cultura Mapuche e ao geólogo chileno Francisco Hervé.
"Trata-se de um animal que habitou o planeta pouco tempo antes da extinção massiva do final do período Cretáceo, há 66 milhões de anos, e que deve ter sido o pesadelo de outros animais com os que compartilhou seu habitat", acrescenta Rubilar na nota de imprensa divulgada nesta terça-feira no site do museu.
O estudo original foi publicado na segunda-feira na revista Cretaceous Research.
Antes desta descoberta, o maior mosassauro encontrado na Antártica era o Taniwhasaurus antarcticus, um predador com um crânio de cerca de 70 cm. O Kaikaifili hervei tem um crânio de 1,2 metro e um comprimento total estimado de 10 metros.