pfizer (Foto/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 5 de novembro de 2021 às 08h23.
Última atualização em 7 de novembro de 2021 às 09h10.
A farmacêutica Pfizer informou nesta sexta-feira, 5, que sua pílula experimental para combater o coronavírus reduziu o risco de hospitalização e morte para pacientes de alto risco que participam de um teste do medicamento.
A empresa espera poder eventualmente oferecer a pílula, administrada em combinação com um medicamento antiviral mais antigo, chamado ritonavir, para as pessoas tomarem em casa antes de ficarem doentes o suficiente para irem ao hospital.
A análise preliminar, feita antes da conclusão do estudo, mostrou uma redução de 89% no risco de hospitalização ou morte por covid-19 se os pacientes a recebessem em breve.
A empresa tem testado o medicamento em adultos com covid-19 que são considerados de alto risco. Cerca de 1.200 voluntários receberam aleatoriamente a combinação da pílula ou um placebo dentro de três dias ou cinco dias após o início dos sintomas. Os testes também atestaram a segurança da substância.
O antiviral, conhecido como Paxlovid,, foi projetado para impedir que o novo coronavírus se multiplique.
A Pfizer afirmou que pretende solicitar autorização para uso da droga à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos este mês.
Se autorizado pelas autoridades regulatórias, seriam dois comprimidos de covid-19 que as pessoas podem tomar em casa antes do final do ano para permanecer fora do hospital. Ontem, o Reino Unido aprovou o uso do antiviral da Merck.
"As notícias de hoje são uma verdadeira virada de jogo nos esforços globais para deter a devastação desta pandemia", afirmou o CEO da Pfizer, Albert Boula. "Esses dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas autoridades regulatórias, tem o potencial de salvar vidas de pacientes, reduzir a gravidade de infecções de covid-19 e eliminar até nove em cada dez hospitalizações", acrescentou.