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Remédio contra tabagismo pode causar doenças cardíacas

Estudo da Associação Médica do Canadá mostrou que Chantix, da Pfizer, está ligado ao aparecimento de problemas no coração

Sede da Pfizer: empresa apresentou outro estudo mostrando que não há ligação entre a utilização do Chantix e o aumento de riscos de problemas cardiovasculares (Timothy A. Clary/AFP)

Sede da Pfizer: empresa apresentou outro estudo mostrando que não há ligação entre a utilização do Chantix e o aumento de riscos de problemas cardiovasculares (Timothy A. Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 16h15.

São Paulo - Um estudo publicado nesta segunda-feira (4) pela Associação Médica do Canadá mostra que o uso da vareniclina no tratamento a fumantes pode causar doenças do coração. Segundo a pesquisa, liderada pelo doutor Sonal Singh, da escola norte-americana de medicina Johns Hopkins, o risco de problemas cardíacos aumenta em até 72% com o uso da droga contra o tabagismo.  A Pfizer é a detentora da comercialização do medicamento, chamado de Chantix nos Estados Unidos e de Champix na Europa. 

Foram 8.216 pacientes analisados pelo grupo de professores, durante períodos que variaram de sete a 52 semanas. De acordo com a publicação, poucos casos, porém, levaram à morte, o que seria insuficiente para afirmar que o Chantix pode ser fatal. Enquanto um grupo de voluntários (60%) utilizou a vareniclina para tentar parar de fumar, foi dado a outra equipe um placebo - substância sem valores médicos mas que faz o paciente acreditar ser um remédio. Apenas um dos sujeitos do estudo sofria de problemas cardiovasculares previamente.

Em comunicado, a Pfizer afirma que muitos poucos casos de doenças coronárias foram detectados após a pesquisa, e que os ganhos em termos de saúde a seus clientes que utilizaram o remédio foram muito grandes, pois conseguiram parar de fumar. Médicos relacionados ao laboratório dizem que testes realizados previamente com 7.375 fumantes mostraram que não há ligação direta entre a utilização do Chantix e o aumento de riscos relacionados ao coração. Segundo a empresa, a FDA - órgão que regula alimentos e medicamentos nos EUA - já foi contatada para que pesquisas continuem a ser realizadas nesse sentido.

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