OVNIs: a inteligência dos Estados Unidos continua incapaz de explicar certos movimentos desses objetos, incluindo sua capacidade de acelerar, mudar repentinamente de direção ou submergir (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 4 de junho de 2021 às 07h47.
Última atualização em 4 de junho de 2021 às 07h53.
As autoridades americanas não podem explicar certos fenômenos aéreos não identificados e indicam que não se trata de uma tecnologia secreta do Pentágono, de acordo com um relatório há muito aguardado, cujos detalhes foram revelados na quinta-feira pelo New York Times, que entrevistou responsáveis com conhecimento deste documento.
De acordo com essas autoridades, o relatório, que analisa mais de 120 casos de avistamentos de objetos misteriosos, não menciona nenhuma evidência de que sejam veículos extraterrestres.
No entanto, a inteligência dos Estados Unidos continua incapaz de explicar certos movimentos desses objetos, incluindo sua capacidade de acelerar, mudar repentinamente de direção ou submergir.
Uma coisa é certa, segundo as autoridades entrevistadas pelo jornal: na maioria dos casos, não se trata de tecnologia americana secreta que Washington se nega a divulgar.
Segundo o New York Times, a inteligência americana teme que possa ser, pelo menos em alguns casos, tecnologia experimental de nações rivais, como Rússia ou China, que testariam, por exemplo, material supersônico.
Após décadas de sigilo em torno desses fenômenos inexplicáveis que entraram no imaginário coletivo sob a sigla de ovnis (para "objetos voadores não identificados"), o Congresso ordenou no ano passado que o executivo dos Estados Unidos informasse ao grande público sobre as atividades da unidade do Pentágono responsável por estudá-los.
A elaboração deste relatório foi confiada à Direção dos Serviços de Inteligência (DNI). Segundo o New York Times, espera-se que seja liberado ao Congresso americano em 25 de junho.
Deve incluir um anexo classificado como segredo de defesa, que não conterá mais elementos que comprovem a existência de ovnis, de acordo com os funcionários citados pelo jornal, mas que pode continuar a alimentar especulações.