Ciência

Rato criado em laboratório vive mais e resiste melhor ao câncer

Pesquisa na Espanha realizou modificações genéticas no DNA dos mamíferos

Super rato: criado em laboratório, rato conta com telômeros hiperlongos (He Yushuai/Southern Metropolis Daily/VCG/Getty Images)

Super rato: criado em laboratório, rato conta com telômeros hiperlongos (He Yushuai/Southern Metropolis Daily/VCG/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 15h34.

São Paulo – Uma equipe de pesquisadores na Espanha anunciou o desenvolvimento de uma espécie de “super rato”. Criado em laboratório, o mamífero apresenta maior resistência a diferentes tipos de câncer e pode viver até 25% mais tempo do que um rato comum.

O feito é de cientistas do Spanish National Cancer Research Center e não utiliza terapia genética. Em vez disso, o fortalecimento dos ratos foi feito a partir da edição de zigotos para que os novos animais tivessem um aumento de tamanho nas extremidades dos cromossomos.

Chamadas de telômeros, essas extremidades são reduzidas conforme o passar dos anos durante o processo de envelhecimento. A partir do momento em que elas se tornam cada vez menores, perdem suas capacidades genéticas.

De acordo com o artigo publicado na revista Nature, a ideia dos cientistas, então, é atrasar esse processo ao aumentar o tamanho dessas células que atuam como envelopes protetores dos  dados genéticos do DNA. Ao fazer isso, os pesquisadores conseguiram criar uma característica chamada de telômero hiperlongo.

Graças a esta modificação no DNA dos ratos, os animais são criados com porte físico mais magro, o que pode acarretar na diminuição dos níveis de colesterol e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), assim como maior tolerância a substâncias como glicose e insulina.

A expectativa é de que a descoberta possa, no futuro, ser aplicada também para aumentar a expectativa de vida humana. Entretanto, esses testes em ainda devem levar algumas décadas para começarem.

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