Emoções: como a inteligência emocional pode melhorar relações (YouTube/Reprodução)
Maria Eduarda Cury
Publicado em 15 de junho de 2019 às 08h55.
Última atualização em 15 de junho de 2019 às 08h55.
São Paulo - Para identificar se uma pessoa tem inteligência emocional, basta observar como essa pessoa se comporta em um ambiente social. Se o indivíduo em questão age de maneira calma, compreensiva e toma o devido cuidado para não utilizar expressões negativas, é provável que tenha a empatia como uma característica pessoal forte.
Classificada como um conceito da Psicologia, a inteligência emocional consiste na capacidade de de entender e traduzir os sentimentos dos outros e os próprios. Além disso, o indivíduo com essa habilidade toma a liderança em situações sociais com facilidade, por saber como lidar com questões emocionais daqueles com quem convive.
Por ser algo que pertence à personalidade do ser humano, essa característica - que, segundo Charles Darwin, é necessária para a sobrevivência - se manifesta nos mais diversos contextos sociais, de maneira quase espontânea e despercebida.
Para auxiliar na identificação da inteligência emocional em você e nos demais, um estudo listou quatro sinais que podem facilitar:
Saber a diferença entre uma reação positiva e uma negativa, em decorrência de circunstâncias, pode ser um sinal de inteligência emocional. Emoções humanas possuem informações que podem ser úteis para o funcionamento pessoal e social. No entanto, elas podem sobrecarregar o indivíduo e fazer com que aja de maneira irracional.
Por conta disso, pessoas que tem pouca capacidade de identificar suas emoções estão mais suscetíveis à reagirem mal a uma situação difícil. Se a pessoa souber lidar com os seus próprios sentimentos, ela tende a se dar um tempo para pensar nas boas e más consequências de suas ações, antes de agir de maneira precipitada e se prejudicar.
Se o individuo é capaz de reconhecer suas emoções negativas e utilizá-las para se motivar positivamente, isso é um sinal de alta inteligência emocional. Significa que ele é capaz de se adaptar à diversas situações.
Exemplificando, é possível encaixar nessa história alguém que acaba de perder o emprego. Uma pessoa emocionalmente inteligente identificaria, através de suas emoções, que isto é um sinal para que reaja de alguma forma.
Porém, um indivíduo com problemas emocionais pode acabar remoendo a perda de seu emprego, reforçando ideias negativas sobre si próprio que podem desencadear uma depressão.
Em tempos de sentimentos que sugam a energia individual, é preciso saber contorná-los para voltar a funcionar bem socialmente e pessoalmente. Saber lidar com as emoções é essencial para se ajudar.
Por exemplo, ao analisar uma pessoa que sofra de ansiedade, é possível ver que a doença, em seus níveis médios, pode aprimorar o desempenho do foco e ajudar na motivação. Entretanto, um aumento desses níveis pode frear completamente o desenvolvimento individual.
É preciso, portanto, encontrar um ponto em que a ansiedade se torne estável. A moderação é a chave para cuidar das próprias emoções.
Embora pareça clichê, ser empático pela situação que o outro está passando é um claro sinal de que o indivíduo sabe compreender emoções.
A capacidade de estender esse conhecimento para situações além das que tenham a ver com o funcionamento individual é extremamente importantes para ambientes tóxicos.
Tendo como contexto um relacionamento amoroso, é necessário que pelo menos um dos envolvidos possua inteligência emocional para motivar o outro a dar o seu melhor.
É importante ressaltar que essa habilidade pode vir de maneira natural para alguns, enquanto outros podem adquiri-la ao longo dos anos, através de uma mudança de comportamento.