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São Paulo – Em 2012, o então primeiro-ministro britânico, David Cameron, lançou o desafiador “Projeto 100 mil Genomas” – o maior do mundo, com o objetivo de aproveitar a tecnologia para descobrir novos diagnósticos e tratamentos para pacientes com doenças hereditárias raras e câncer. Após seis anos de trabalho, os cientistas responsáveis anunciaram terem cumprido a meta na última quarta-feira (5).
O genoma humano – código de três bilhões de letras que é único em cada pessoa – está disponível em quase todas as células do corpo.
A equipe envolvida no projeto decidiu sequenciar o genoma de 85 mil pacientes do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, sendo que cada um ou possuía, ou era relacionado a alguém que possuía alguma doença rara.
Como os pacientes com câncer também tiveram o DNA dos tumores – que não têm o mesmo código que o das outras células – sequenciados, o projeto pôde totalizar 100 mil genomas diferentes.
Os resultados do projeto já apareceram e são animadores. Entre os participantes do projeto, 25% já puderam receber um diagnóstico para sua condição rara, até então desconhecida, e terão mais chances de receber um tratamento adequado.
A evolução do projeto e a redução de custos estimularam o Reino Unido a seguir ambicioso na área.
Em 2003, informa a BBC, o primeiro genoma humano foi sequenciado após 13 anos de pesquisa e a um custo de 2 bilhões de libras (cerca de 10 bilhões de reais). Hoje, um DNA pode ser lido em 30 minutos por 600 libras (cerca de 3 mil reais). No último mês de outubro, o governo britânico anunciou que pretende sequenciar um milhão de genoma nos próximos cinco anos.