Coronavírus: vírus tem origem na seleção natural (Getty Images/dowell/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 21 de março de 2020 às 11h26.
Última atualização em 26 de março de 2020 às 09h42.
A Prevent Senior e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein anunciaram que testarão o uso do medicamento cloroquina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O Einstein informou a EXAME que prepara um protocolo de pesquisa para testes sobre a eficácia do medicamento hidroxicloroquina (variante da cloroquina) no tratamento da covid-19. A Prevent Senior anunciou que usará, em caráter experimental, a cloroquina e o antibiótico azitromicin, com autorização das famílias, em pacientes com o quadro confirmado de contágio pelo novo coronavírus.
Os medicamentos apresentaram resultados positivos em estudos realizados por pesquisadores da China e da França. No entanto, ainda faltam estudos científicos e testes clínicos para que as drogas sejam consideradas seguras para tratamentos em ampla escala de casos da Covid-19.
Em discurso inflamado, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump se mostrou otimista em relação à eficácia das drogas, mas sua postura desafia a ciência. Na última sexta-feira, Dr. Anthony S. Fauci, especialista e diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, amenizou o tom da fala de Trump reforçando a necessidade de mais testes das drogas.
No Brasil, a Anvisa alertou para que as pessoas não comprassem o medicamento como uma solução para o novo coronavírus, uma vez que faltam estudos e testes antes da criação de medicamentos específicos para combater a covid-19.
Após o discurso de Trump, que reverberou globalmente, os estoques das farmácias de remédios feitos com as drogas cloroquina e hidroxicloroquina sumiram das farmácias. Os medicamentos são usados regularmente por pessoas que têm doenças como lúpus e artrite reumatoide. Por causa disso, a Apsen, que faz hidroxicloroquina no Brasil, triplicará produção.
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