Fogos de artifício: "a utilização destes objetos nas áreas que recebem os espectadores nos estádios de futebol não é segura" (Pilar Olivares/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de julho de 2017 às 16h54.
Madri - Um estudo científico independente encomendado pela Uefa e pela associação de torcedores de futebol da Europa (FSE, sigla em inglês) confirmou os perigos trazidos pelo uso de objetos pirotécnicos nos estádios de futebol para a segurança e a saúde das pessoas.
A pesquisa, liderada pelo doutor Tom Smith com a ajuda de outros especialistas internacionais, concluiu que "existe risco considerável" na utilização desses materiais nos recintos esportivos, devido à proximidade do público e à impossibilidade de manter uma distância de segurança necessária.
Tantos os espectadores como os jogadores, os oficiais e os funcionários dos estádios sofrem os mesmos riscos e "a utilização destes objetos nas áreas que recebem os espectadores nos estádios de futebol não é segura", indicou a Uefa.
Entre os riscos, o estudo menciona possíveis queimaduras, efeitos tóxicos, impacto direto tanto nos olhos e na visão como nos ouvidos, além da possibilidade de gerar situações de pânico.
"Os objetos pirotécnicos são utilizados em 25% dos jogos em competições da Uefa e este novo relatório prova uma vez mais que (a pirotecnia) não têm espaço nos estádios de futebol. A investigação reflete que os objetos são e atuam como explosivos, por isso não há segurança em sua utilização em espaços como os campos de futebol", indicou o holandês Michael Van Praag, presidente do grupo de trabalho da Uefa sobre pirotecnia no futebol.
Segundo Van Praag, este órgão trabalha agora com as federações nacionais "para fazer o possível para reduzir o risco que (os objetos pirotécnicos) possam causar".
"Isto significa trabalhar de forma conjunta e efetiva para prevenir sua utilização", acrescentou o holandês, que, no entanto, reconhece que em alguns países os fogos fazem parte da cultura dos estádios.