Compras: vale a pena ficar de olho se o seu desejo de adquirir produtos não passou do ponto (Dylan Ellis/Thinkstock)
Victor Caputo
Publicado em 24 de novembro de 2017 às 16h10.
Última atualização em 24 de novembro de 2017 às 16h36.
A Black Friday 2017 pode até fazer bem pra cabeça. Afinal, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas em Saúde, em Taiwan, compararam indivíduos que iam ao shopping com outros sem esse costume e observaram, no final, que os amantes das vitrines não só viviam mais como tinham uma maior capacidade cognitiva.
“Atitudes como saber o que está na moda, negociar e sociabilizar com outras pessoas estimulam o cérebro”, explica a psicóloga Tatiana Filomensky, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas é importante não deixar o hábito de ir às compras passar do ponto – do contrário, você pode acabar caindo na oniomania.
Oi? Oniomania é o nome dado pelos especialistas ao impulso incontrolável e constante de adquirir produtos e mais produtos. “A pessoa às vezes até percebe que está exagerando, porém não consegue parar. Essa situação a deixa ansiosa e, em certos casos, depressiva“, relata Tatiana. Para não chegar a esse ponto, o jeito é ficar atento a indicativos como os colocados abaixo.
• Comprar itens desnecessários sem ter dinheiro sobrando;
• Frequentar – e esvaziar – lojas desacompanhado;
• Possuir familiares com histórico de compulsão, seja ela qual for.
Não há um levantamento no Brasil, mas, nos Estados Unidos, 5,5% da população tem oniomania. Ou seja, a compulsão por compras está longe de ser uma raridade. E pode provocar estragos enormes, tanto nas finanças quanto na saúde mental. Se sentir que está perdendo o controle, não deixe de consultar um profissional.
Este texto foi publicado originalmente no site de SAÚDE.