Ciência

OMS: dados disponíveis não indicam maior letalidade da variante do Reino Unido

A declaração da especialista contraria o que disse nesta sexta o premiê britânico, Boris Johnson

OMS: o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, alertou ainda que o uso das vacinas não exclui a necessidade das medidas de segurança continuarem em vigor (Henry Nicholls/Reuters)

OMS: o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, alertou ainda que o uso das vacinas não exclui a necessidade das medidas de segurança continuarem em vigor (Henry Nicholls/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 17h07.

Última atualização em 22 de janeiro de 2021 às 17h17.

A epidemiologista responsável pela resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) à pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove, afirmou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 22, que a variante do Reino Unido do novo coronavírus não mostrou sinais de que é mais mortal do que a primeira cepa do vírus, segundo estudos de laboratórios acompanhados pela entidade.

A declaração da especialista contraria o que disse nesta sexta o premiê britânico, Boris Johnson.

O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, explicou que, apesar de ter ocorrido mais mortes por covid-19 no Reino Unido desde o surgimento da variante, isso não necessariamente está ligado à letalidade do vírus.

"Letalidade e mortalidade são duas coisas diferentes. O que observamos com certeza no Reino Unido foi um aumento do número de novos óbitos acompanhando o crescimento dos casos", afirmou Ryan, reiterando que os dados que a OMS possui até agora não indicam maior letalidade da cepa britânica do SARS-CoV-2.

Segundo a diretora de vacinas da OMS, Katherine O'Brien, não há informações suficientes para saber se os imunizantes que estão sendo usados para a covid-19 são mais ou menos eficazes contra as novas variantes já identificadas.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, alertou ainda que o uso das vacinas não exclui a necessidade das medidas de segurança continuarem em vigor.

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