Com base nos testes, proteína pode ser a causa da facilidade de algumas pessoas em engordar (Getty Images/Getty Images)
Karina Souza
Publicado em 6 de maio de 2021 às 17h53.
Última atualização em 6 de maio de 2021 às 20h01.
Num país em que seis em cada dez pessoas são obesas, segundo dados do IBGE, e num mundo que deve ter 2,3 bilhões de adultos com a mesma condição até 2025, uma pergunta permanece: o que leva as pessoas a se tornarem obesas? Um estudo da Universidade de Indiana mostra que uma proteína presente no estômago pode ser a chave para desvendar esse mistério.
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Em um estudo publicado na revista Scientific Reports, os pesquisadores mostram que a proteína em questão é a Gastrocine-1 (GKN1), produzida pelo estômago em abundância e resistente à digestão. Ao comparar em ratos a ação dessa proteína, os pesquisadores constataram que inibi-la trouxe diferenças significativas no peso e nos níveis de gordura corporal dos animais analisados.
Entrando em detalhes, os ratos que tiveram a GKN1 inibida pesavam menos e apresentavam níveis mais baixos de gordura corporal -- quando expostos à mesma dieta dos ratos que não tiveram a proteína inibida. Além disso, sem a GKN1, os animais mostraram mais resistência ao ganho de peso, aumento da gordura corporal e inflamação hepática.
Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores ressaltam que é necessário fazer mais testes até ter certeza da ação da proteína em relação à obesidade em humanos e, somente se comprovada essa hipótese, tratamentos devem surgir a partir dessa conclusão.
Outros estudos recentes também tentam encontrar uma solução para o problema. Recentemente, um medicamento para diabetes mostrou resultados satisfatórios quando analisado para combater a obesidade. Nos testes, o remédio ajudou pacientes a perder até 20% do peso corporal, aliado a dieta e exercícios.
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