(Thinkstock)
Marina Demartini
Publicado em 18 de dezembro de 2016 às 08h00.
Última atualização em 19 de dezembro de 2016 às 10h17.
São Paulo – Cientistas do Laboratório Nacional Los Alamos, dos Estados Unidos, criaram simulações que mostram como seria o impacto de um asteroide em um oceano. Para entender a importância disso, basta lembrar que 70% do nosso planeta é coberto por água. Caso um asteroide caia aqui, as chances de que o impacto seja na água são mais altas do que impacto com terra.
Com computadores de ponta à sua disposição, a equipe conseguiu analisar uma variedade de cenários com diferentes dados de tamanho e trajetória sendo levados em conta. Além disso, eles simularam uma situação em que a rocha explodiria acima do nível do mar antes de cair.
De acordo com os pesquisadores, se a rocha caísse a 20 quilômetros de qualquer costa, seu impacto provocaria ondas de ar com força semelhante à de um furacão.
Outro possível problema é que esse tipo de colisão poderia causar tsunamis gigantescos. No entanto, os cientistas apontam que a criação de ondas gigantescas depende de como a energia cinética da rocha é transferida para a água.
Mas não são apenas as pessoas que moram perto do litoral que seriam prejudicadas pelo evento. Os pesquisadores previram que o impacto de um asteroide com 250 metros de largura poderia vaporizar 250 megatons métricos de água. O problema disso é que todo esse vapor seria levado para a estratosfera, provocando mudanças drásticas no clima.
O vídeo dos pesquisadores do laboratório Los Alamos ganhou o prêmio de Melhor Visualização Científica e Análise de Dados do evento Supercomputing deste ano.
Você pode ver a simulação feita pelos cientistas neste link.