(Artyom Geodakyan\TASS/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 24 de dezembro de 2018 às 08h17.
Última atualização em 24 de dezembro de 2018 às 08h17.
São Paulo - No imaginário popular, as renas são sempre lembradas como as icônicas ajudantes do Papai Noel. No mundo real, porém, elas têm se tornado mais uma vítima das mudanças climáticas, ao lado do urso polar, dos alces e outros habitantes das terras geladas.
Segundo um novo relatório da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), as populações de renas do Ártico diminuíram drasticamente em 56%, de um total estimado de 4,7 milhões de indivíduos para cerca de 2,1 milhões de indivíduos nas últimas duas décadas.
Apenas 1 dos mais de 20 rebanhos monitorados apresentou populações próximas de picos históricos, sem declínio.
A maior parte dos rebanhos de renas que vagueiam pelo Alasca e também se aventuram no Canadá apresentaram redução.
Cinco em particular experimentaram declínios tão drásticos que os cientistas não vislumbram possibilidade de recuperação à vista.
Na Rússia, mais de 90% dos rebanhos avaliados foram considerados raros, decrescentes ou ameaçados.
Embora vários fatores possam influenciar a abundância das populações de renas, os cientistas atribuem os declínios principalmente ao aquecimento climático no Ártico, que está aumentando a frequência de períodos de seca, o que afeta a qualidade e disponibilidade da forragem que sustenta esses animais.
Verões mais longos e mais quentes também facilitam a proliferação de insetos e disseminação parasitas e surtos de doenças que afetam tanto os rebanhos quanto suas fontes de alimentos.