Ciência

Nasa tenta pela terceira vez lançar seu novo foguete para a Lua

O primeiro voo do foguete SLS, o mais potente do mundo, está marcado para quarta-feira às 3h4 no horário de Brasília

O topo do foguete SLS rumo à Lua em 13 de novembro de 2022 no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, antes da decolagem para a missão Artemis 1 (AFP/AFP)

O topo do foguete SLS rumo à Lua em 13 de novembro de 2022 no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, antes da decolagem para a missão Artemis 1 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 15 de novembro de 2022 às 12h00.

Última atualização em 15 de novembro de 2022 às 13h13.

Chegou a hora da terceira tentativa. O lançamento do novo megafoguete da Nasa, como parte da missão Artemis 1 de volta à Lua, está programado para finalmente ocorrer à noite entre terça e quarta-feira, na Flórida.

O primeiro voo do foguete SLS, o mais potente do mundo, está marcado para quarta-feira, 16, às 1h4 locais (3h4 no horário de Brasília), com uma janela de lançamento de 2 horas.

O clima promete ajudar, com 90% de chance de estar favorável. "Nossa hora chegará e esperamos que seja quarta-feira", disse o gerente da missão, Mike Sarafin, na segunda-feira. Ele também elogiou "a perseverança" de suas equipes após duas tentativas de decolagem fracassadas devido a dois furacões.

Cinquenta anos após a última missão Apollo, este voo de teste não tripulado, que sobrevoará a Lua sem pousar em sua superfície, busca confirmar se o veículo é seguro para uma futura tripulação.

Espera-se que este mesmo foguete leve a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua. Embora seja um lançamento noturno, cerca de 100 mil pessoas devem admirar o espetáculo, principalmente das praias vizinhas.

As complexas operações de reabastecimento de combustível começarão na tarde desta terça-feira no Centro Espacial Kennedy e serão lideradas por Charlie Blackwell-Thompson, a primeira diretora de lançamento da Nasa.

O foguete laranja será preenchido com 2,7 milhões de litros de oxigênio líquido e hidrogênio. Durante o verão boreal, um vazamento de hidrogênio fez com que a segunda tentativa fosse cancelada de última hora.

Desde então, os procedimentos foram modificados e verificados com sucesso por meio de um teste.

O primeiro cancelamento teve a ver com um sensor defeituoso.

Funcionários da Nasa insistem que esses problemas são normais para uma nova espaçonave, sobre a qual suas equipes estão aprendendo.

Missão de 25 dias

Após os problemas técnicos, dois furacões ameaçaram o foguete em tentativas separadas.

O foguete SLS de 98 metros de altura teve de ser devolvido ao seu prédio de montagem a poucos quilômetros de distância no final de setembro para protegê-lo do furacão Ian, adiando a decolagem por várias semanas.

Então, quando já estava em sua plataforma de lançamento, enfrentou os ventos do furacão Nicole há menos de uma semana.

A tempestade causou danos a uma fina camada de selante no topo do foguete, mas a Nasa considerou o risco mínimo na segunda-feira.

Ao todo, o programa está vários anos atrasado e tornou-se imperativo para a Nasa concluir com sucesso a missão bilionária. Se a decolagem ocorrer nesta quarta-feira, a missão duraria um total de 25 dias e meio, com pouso no Oceano Pacífico em 11 de dezembro.

 

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