Nasa: vice-presidente dos EUA, Mike Pence, orientou a agência a levar sua primeira tripulação de astronautas à Lua até 2024 (Carlos Jasso/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de outubro de 2019 às 12h42.
Las Vegas — Quando astronautas orbitarem a Lua ou forem morar em sua superfície na próxima década, provavelmente o farão em habitações espaciais infláveis hoje em desenvolvimento.
Dezenas de funcionários da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) e de astronautas veteranos estão terminando uma revisão de cinco protótipos de habitat espacial fabricados por várias empresas.
Os protótipos oferecem à agência ideias para a melhor opção de Gateway -- o posto avançado de pesquisa planejado para a órbita lunar que abrigará e transferirá astronautas para a superfície da Lua.
"A questão toda é definir o que gostamos e o que não gostamos nestes habitats diferentes", disse Mike Gernhardt, astronauta da Nasa e principal pesquisador da campanha de testes, à Reuters.
Recentemente, ele e sua equipe estavam fazendo a última inspeção em Las Vegas, na sede da Bigelow Aerospace, uma fabricante de habitats espaciais fundada por Robert Bigelow, proprietário bilionário de uma rede de hotéis.
Em março, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, orientou a Nasa a levar sua primeira tripulação de astronautas à Lua até 2024.
O cronograma acelerado deu ensejo ao programa Artemis, que pleiteia módulos de pouso lunar, jipes robóticos e o Gateway Lunar -- uma estação espacial modular na órbita da Lua com acomodações para astronautas, um laboratório científico e portos para espaçonaves em visita, com financiamento privado.
"O Gateway é uma oportunidade de testar todas estas estruturas em um ambiente de espaço profundo... como prelúdio a uma ida a Marte", disse Bigelow a repórteres. "Achamos ser possível que, pelo resto do século, a arquitetura expansível esteja no ponto".