(Nasa/Reprodução)
A Nasa apresentou nesta terça-feira, 12, mais quatro imagens do pacote inicial produzido pelo Telescópio Espacial James Webb, após a exibição da primeira delas em evento realizado no dia anterior, na Casa Branca.
Nessa primeira fase de sua missão, o supertelescópio que faz parte de um programa que é liderado pela Nasa, em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Agência Espacial Canadense (CSA), apontou seus instrumentos para regiões do espaço que foram escolhidas por um comitê internacional de cientistas.
Confira o resultado abaixo:
A região é uma estrutura espacial que foi estudada nos últimos 16 anos, com múltiplos telescópios a partir da Terra.
Na cena, é possível ver a fusão de um sistema estelar binário (composto de duas estrelas) onde um sol, de massa maior, atraiu uma estrela de massa menor para o seu interior após tornar-se um supergigante.
Os anéis azuis característicos seriam o material de formação da estrela menor, sendo expelido em formato de cone, em direções opostas ao centro gravitacional, para o espaço.
Trata-se de um grupo visual de cinco galáxias localizado na constelação de Pegasus, e quatro dessas galáxias formam o primeiro grupo compacto a ser descoberto, por Édouard Stephan, em 1877.
O quinteto é o grupo compacto de galáxia mais estudado pela astronomia. O membro mais brilhante do agrupamento visual é NGC 7320, que possui uma enorme região de formação estelar.
A imagem mostra uma região de berçário de estrelas chamado NGC 3324. Na parte inferior dessa montanha cósmica há uma densa camada de gases que leva, da parte inferior a borda, sete anos-luz para serem percorridos.
O visual montanhesco é causado pela intensa radiação ultravioleta e ventos estelares de estrelas jovens extremamente massivas, quentes e localizadas no centro da bolha, acima da área mostrada nesta imagem.
O James Webb, além das imagens, também capturou a assinatura química do planeta WASP-96 b, que mostra que o gigante gasoso possui água, juntamente com evidências de nuvens e neblina, orbitando uma estrela distante parecida com o Sol.
A observação, que revela a presença de moléculas de gás específicas com base em pequenas diminuições no brilho de cores precisas da luz, é a mais detalhada de seu tipo até hoje, demonstrando a capacidade sem precedentes do Webb de analisar atmosferas a centenas de anos-luz de distância.
Enquanto o Telescópio Espacial Hubble analisou várias atmosferas de exoplanetas nas últimas duas décadas, capturando a primeira detecção clara de água em 2013, a observação imediata e mais detalhada de Webb marca um salto gigantesco na busca de caracterizar planetas potencialmente habitáveis além da Terra.
Festejado como "sucessor espiritual" do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb é fruto de uma parceria entre Nasa, ESA e CSA, respectivamente agências espaciais americana, europeia e canadense.
Os EUA, sócios majoritários na empreitada, gastaram cerca de US$ 10 bilhões no projeto, ao longo de duas décadas, até que ele fosse lançado, com anos de atraso, em dezembro de 2021.