Singapura: "Ainda não se sabe se a presença destes anticorpos em um recém-nascido confere um grau de proteção contra uma infecção de covid-19, muito menos a duração da proteção" (Edgar Su/Reuters)
André Martins
Publicado em 30 de novembro de 2020 às 10h37.
Médicos estão estudando o impacto da covid-19 em gestantes e recém-nascidos em Singapura, onde um bebê nascido de uma mãe infectada no início deste mês mostrou ter anticorpos contra o vírus, mas não a doença.
O estudo em andamento nos hospitais públicos da cidade-Estado amplia os esforços internacionais para entender melhor se a infecção ou os anticorpos podem ser transferidos durante a gravidez e se esta oferece um escudo de proteção contra o vírus.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que, embora algumas gestantes tenham um risco maior de desenvolver casos graves de Covid-19, ainda não se sabe se uma gestante infectada pode passar o vírus ao feto ou bebê durante a gravidez ou o parto.
Uma moradora de Singapura infectada com o coronavírus em março, quando estava grávida, disse ao jornal local Straits Times que médicos lhe disseram que seu filho tinha anticorpos contra o vírus, mas que nasceu sem a infecção.
"Ainda não se sabe se a presença destes anticorpos em um recém-nascido confere um grau de proteção contra uma infecção de covid-19, muito menos a duração da proteção", disse Tan Hak Koon, presidente da divisão de obstetrícia e ginecologia do Hospital Feminino e Pediátrico KK.
O KK é um dos hospitais envolvidos no estudo de gestantes infectadas em Singapura, detalhes do qual vieram à tona depois que o caso do bebê nascido com anticorpos veio a público.