(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
AFP
Publicado em 28 de abril de 2022 às 11h22.
A empresa americana do setor de biotecnologia Moderna anunciou, nesta quinta-feira (28), que apresentou um pedido de autorização nos Estados Unidos para que sua vacina contra a covid-19 possa ser administrada em crianças com idades entre seis meses e até seis anos.
Os menores de seis anos são o único grupo etário que não teve, até agora, acesso às vacinas anticovid nos EUA e em muitos outros países.
"Acreditamos que (esta vacina) poderá proteger essas crianças, de maneira segura, o SARS-CoV-2, o que é tão importante em nossa luta contínua contra a covid-19 e será especialmente bem-recebida pelos pais e cuidadoras", disse o CEO da empresa, Stephane Bancel, em um comunicado.
Em março, a Moderna anunciou os resultados de um estudo que demonstrou que o regime de duas aplicações do imunizante é seguro e produz uma forte resposta imunológica.
Pfizer quer aplicar dose de reforço em crianças de 5 a 11 anos nos EUA
Observou-se que duas doses de 25 microgramas administradas em bebês, crianças pequenas e em idade pré-escolar geraram níveis similares de anticorpos que duas doses de microgramas aplicadas a jovens entre 18 e 25 anos, proporcionando níveis similares de proteção contra os casos graves do doença.
O teste incluiu 4.200 crianças entre dois e seis anos, e 2.500 bebês, entre seis meses e dois anos.
A Moderna constatou, no entanto, uma eficácia relativamente baixa para enfrentar a infecção. A eficácia da vacina em crianças de seis meses a dois anos foi de 51%, e de 37%, no grupo etário de entre dois e cinco anos.
No momento, a gigante farmacêutica afirmou que está estudando as doses de reforço para crianças de todas as idades. A menor eficácia das duas doses pode, contudo, representar um obstáculo para a autorização.
Em fevereiro passado, a FDA, agência que regula o setor de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, adiou a reunião com um grupo de especialistas para avaliar a vacina anticovid da Pfizer/BioNTech para crianças menores de cinco anos, alegando que queria analisar os dados sobre o rendimento das três doses antes de estudar o assunto.