EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2013 às 10h22.
São Paulo – As decisões anunciadas pelo governo na semana passada azedaram completamente a relação entre médicos e a presidente Dilma Rousseff. A prova é que, dentre as manifestações marcadas para hoje em todo o país, está o "enterro" da presidente e de dois ministros relacionados às novas medidas.
Não são poucas as leis e ações do governo que estão na raiz dos protestos que devem ocorrer nesta terça-feira. Entre elas, o veto da presidente Dilma Rousseff a artigos importantes da lei conhecida como “Ato Médico”, a decisão de obrigar formandos de medicina a atuar por dois anos no sistema público de saúde, apresentada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e a proposta de trazer médicos estrangeiros sem revalidação de diploma para atuar em áreas isoladas, defendida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Associações de médicos marcaram manifestações em todo o país. Em São Paulo, a partir das 16h, os médicos deverão se concentrar próximos ao Conselho Regional de Medicina (Cremesp), na Consolação, e seguirão até a praça Roosevelt, no Centro. Os organizadores prometem um “cortejo fúnebre” com caixões representando Dilma Rousseff, Mercadante e Padilha. Ação semelhante já foi feita em Brasília.
Antes do protesto, porém, as entidades médicas devem anunciar medidas jurídicas contra as decisões do governo. Segundo o presidente do Cremesp, Renato Azevedo, a ação mais provável de ser tomada será uma “ação direta de inconstitucionalidade”.
“Vamos atuar junto ao Congresso Nacional para derrubar o veto da presidente”, disse Azevedo em entrevista a EXAME.com. “E vamos continuar mobilizando politicamente os médicos do Brasil inteiro para protestar”, afirmou.