Camada: estima-se que a camada de ozônio se recupere aos níveis registrados no início da década de 1980 apenas em 2050 (ESA/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2020 às 14h06.
Última atualização em 29 de abril de 2020 às 16h09.
Um buraco de mais de um milhão de quilômetros quadrados foi descoberto no Ártico por cientistas em março -- o maior já registrado. Mas, recentemente, ele se fechou. O anúncio foi feito pelo Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia.
Além do tamanho impressionante, o buraco também foi responsável por esgotar o ozônio na camada a uma altitude de cerca de 18km.
The unprecedented 2020 northern hemisphere #OzoneHole has come to an end. The #PolarVortex split, allowing #ozone-rich air into the Arctic, closely matching last week's forecast from the #CopernicusAtmosphere Monitoring Service.
More on the NH Ozone hole➡️https://t.co/Nf6AfjaYRi pic.twitter.com/qVPu70ycn4
— Copernicus ECMWF (@CopernicusECMWF) April 23, 2020
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o fechamento não teve relação com a atividade humana, ou com a diminuição da emissão de poluentes pelo isolamento social no mundo devido à pandemia de coronavírus.
O buraco, diferemente de muitos outros, também não foi causado pela poluição. A causa e a solução foi um vórtice polar de ar frio que, que teve sua força reduzida e permitiu que o buraco fosse fechado.
O buraco na camada da Antártica segue sendo a grande preocupação dos cientistas.
É um fenômeno de queda acentuada na concentração do ozônio sobre a região da Antártica. Esse processo vem sendo acompanhado desde o início da década de 1980, em vários pontos do mundo.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a camada de ozônio começou a sofrer com os efeitos da poluição crescente provocada pela industrialização mundial. Produtos químicos como Halon, Tetracloreto de Carbono (CTC), Hidroclorofluorcabono (HCFC), Clorofluorcarbono (CFC) e Brometo de Metila, são classificadas como Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio - SDOs e quando liberadas no meio ambiente, deslocam-se na atmosfera, degradando a camada de ozônio.
Diante dos esforços realizados para cumprir com as metas de eliminação das substâncias destruidoras do ozônio pelo Protocolo de Montreal, estima-se que a camada de ozônio se recupere aos níveis registrados no início da década de 1980 apenas em 2050.