Vacinas contra ebola são distribuídas na RDC (Kenny Katombe/Reuters)
AFP
Publicado em 29 de julho de 2020 às 08h42.
Os laboratórios franceses Sanofi e British GSK prometeram fornecer ao governo britânico 60 milhões de doses de sua futura vacina covid-19, em um contexto de competição planetária para obter essas preciosas doses.
Este acordo está firmado "sob reserva da assinatura de um acordo definitivo", disseram a Sanofi e a GSK em um comunicado.
Os dois grupos dizem que a vacina pode estar autorizada no primeiro semestre de 2021 e acrescentam que "há conversas ativas em andamento com França e Itália (...) e outros governos para garantir o acesso global" ao seu produto.
"Não há qualquer garantia" de um dia encontrar uma vacina contra o novo coronavírus, ressalta, porém, o ministro britânico de Negócios, Alok Sharma, citado nesta mesma nota. "Apesar disso, é importante que tenhamos acesso a um amplo leque de candidatos a vacinas promissoras", completou.
Para o Reino Unido, trata-se do quarto acordo desse tipo, depois dos assinados com a AstraZeneca, Valneva e BioNTech/Pfizer. Com isso, o país já garantiu cerca de 250 milhões de doses.
Para Kate Bingham, presidente do grupo de trabalho de vacinas do governo britânico, também citada na declaração, "essa diversidade é importante, porque ainda não sabemos qual deles poderá eventualmente gerar uma resposta segura e protetora".
Bingham observa, contudo, que "talvez nunca tenhamos uma vacina e, se a encontrarmos, devemos estar preparados para que não seja uma vacina que evite a infecção pelo vírus, mas uma vacina que reduza os sintomas" da doença.
Sanofi e GSK planejam "iniciar um estudo de fase 1/2 em setembro, seguido de um estudo de fase 3 antes do final de 2020" para sua candidata à vacina.