Ciência

Laboratório japonês quer detectar câncer com teste de urina

Caso o laboratório japonês obtenha sucesso com os testes de urina, a detecção do câncer pode ser muito mais simples do que é atualmente

Câncer: laboratório japonês vai tentar detecção com teste de urina (CIPhotos/Thinkstock)

Câncer: laboratório japonês vai tentar detecção com teste de urina (CIPhotos/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 17 de abril de 2018 às 10h01.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 10h02.

Um laboratório japonês vai iniciar o que apresenta como os primeiros testes no mundo destinados a detectar o câncer por meio da análise de mostras de urina, o que facilitaria o diagnóstico da doença.

O grupo Hitachi desenvolve há dois anos uma tecnologia que pretende detectar o câncer de mama ou do colo a partir de exames de urina.

Agora a empresa vai começar a fase de testes com base em 250 mostras para determinar se estas podem ser analisadas a temperatura ambiente, informou o porta-voz da Hitachi, Chiharu Odaira. "Se este método for colocado em prática, será muito mais simples para as pessoas passar por exames para a detecção do câncer, já que não precisarão mais comparecer a um laboratório para um exame de sangue", completou.

O laboratório também trabalha na detecção de câncer nas crianças.

Esta técnica seria menos invasiva que os exames de sangue e revelaram ser promissores no diagnóstico de oito tipos de tumores antes de sua propagação para outras partes do corpo, segundo estudos publicados no início do ano nos Estados Unidos.

Os métodos comuns de diagnóstico do câncer de mama consistem em uma mamografia seguida de uma biópsia no caso de detecção de risco. Para o câncer do colo é necessário um exame de fezes e uma colonoscopia para os pacientes de risco.

A tecnologia da Hitachi se concentra no estudo de biomarcadores, indicadores característicos de uma doença, nos resíduos encontrados na urina, explicou a empresa em um comunicado.

O procedimento tem por objetivo melhorar o diagnóstico precoce do câncer, para salvar vidas e reduzir os custos, explicou Odaira.

A experiência vai acontecer de abril a setembro em cooperação com a Universidade de Nagoya, no centro do Japão.

"Nosso objetivo é utilizar esta tecnologia até 2020, mas isto dependerá de vários parâmetros, incluindo a obtenção das autorizações", completou Odaira.

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