Ciência

John Glenn, 1º americano a orbitar a Terra, morre aos 95 anos

O governador de Ohio, o republicano John Kasich, informou sua morte por meio de um breve comunicado no Twitter

John Glenn: a Nasa expressou suas condolências também na rede social e se despediu dele como "um verdadeiro herói americano" (Paolo Cocco/Reuters)

John Glenn: a Nasa expressou suas condolências também na rede social e se despediu dele como "um verdadeiro herói americano" (Paolo Cocco/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 18h54.

Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às 20h51.

Washington - John Glenn, o primeiro astronauta americano a orbitar ao redor da Terra, morreu nesta quinta-feira em Ohio, seu estado natal, aos 95 anos após vários anos batalhando com sua saúde após sofrer um infarto.

O governador de Ohio, o republicano John Kasich, informou de sua morte por meio de um breve comunicado no Twitter no qual o classificou como "herói" e pediu para que as pessoas olhassem para o céu para "saudar suas extraordinárias travessias".

A Nasa, agência espacial americana, expressou suas condolências também na rede social e se despediu dele como "um verdadeiro herói americano".

Nascido em 1921, Gleen (Cambridge, Ohio) era um dos astronautas mais celebrados nos Estados Unidos, com uma carreira que incluiu dois voos espaciais, 24 anos como senador por Ohio e uma tentativa de concorrer pela presidência como candidato do Partido Democrata em 1984.

Foi o primeiro americano a orbitar ao redor da Terra em 1962, a bordo da cápsula Friendship 7 Mercury, missão da qual era o último sobrevivente.

"O primeiro americano a orbitar a Terra nos lembrou que, com coragem e espírito de descobrimento, não há limite para os cumes que podemos alcançar juntos", afirmou hoje o presidente dos EUA, Barack Obama, em comunicado.

"Com a morte de John, nossa nação perde um ícone e Michelle e eu perdemos um amigo. (...) O último dos primeiros astronautas americanos nos deixa, mas impulsionados por seu exemplo sabemos que nosso futuro na Terra nos compele a seguir alcançando novos céus", acrescentou.

John Glenn voltou a fazer história em 1998, ao se transformar na pessoa mais velha (então com 77 anos) a voar ao espaço a bordo do baldeado Discovery.

Também representou seu estado como senador pelo Partido Democrata no Congresso federal entre 1974 e 1999, ano no qual recebeu o Prêmio Príncipe de Astúrias da Espanha de Cooperação Internacional.

Em 2012, Obama lhe condecorou com a Medalha da Liberdade, a máxima honra civil no país, por ter se transformado, com sua histórica carreira, "em um herói em todos os sentidos".

Durante a Segunda Guerra Mundial serviu como piloto em 59 missões de combate, às quais se somaram outras 90 mais na Guerra da Coreia.

De origem humilde, filho de um encanador e de uma professora, Glenn se casou com seu amor da infância, Annie, com quem teve dois filhos, John e Carolyn.

Acompanhe tudo sobre:AstronautasEstados Unidos (EUA)MortesNasa

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus