Isaac Newton: físico britânico foi responsável pela teoria da Lei da Gravidade (Stock Montage/Getty Images)
Repórter
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 11h19.
Isaac Newton, nascido em 1642, continua sendo renomado por suas contribuições revolucionárias à ciência, como a formulação da lei da gravidade. Entretanto, sua busca por conhecimento foi além da física. Newton também se dedicou profundamente à teologia, explorando as conexões entre fé e ciência.
Em sua época, ciência e religião eram frequentemente encaradas como áreas interligadas. Newton via o estudo da natureza como uma forma de decifrar os mistérios da criação divina. Movido por essa visão, ele analisava textos bíblicos em busca de interpretações que dialogassem com suas descobertas científicas.
Em 1704, Isaac Newton escreveu uma carta em que previa que o mundo, como o conhecemos, poderia terminar em 2060.
As anotações de Newton, que ganharam grande repercussão nas redes sociais recentemente, foram baseadas em passagens bíblicas, principalmente do livro de Daniel. Nelas, ele especula que o mundo seria reiniciado 35 anos após uma série de pragas, guerras e a 'ruína das nações perversas'.
Segundo sua interpretação, após o Armagedom, haveria um período de renovação, marcado pelo retorno de Jesus Cristo e dos santos, que estabeleceriam mil anos de paz na Terra. Essa crença refletia sua visão de que a história da humanidade seguia um plano divino, cujos acontecimentos poderiam ser compreendidos por meio do estudo atento da Bíblia.
Para Isaac Newton, ciência e religião não eram esferas separadas, mas partes de um mesmo todo. Ele acreditava que explorar o universo físico poderia revelar aspectos do divino. Essa visão refletia o pensamento comum entre muitos intelectuais de sua época, que buscavam integrar suas descobertas científicas às crenças religiosas.
Newton via a ciência como uma ferramenta para interpretar e esclarecer as profecias bíblicas. Suas previsões apocalípticas não eram simples conjecturas, mas o resultado de um método racional aplicado ao estudo das escrituras. Essa abordagem, inovadora para seu tempo, desafiava a ideia de que ciência e fé eram áreas distintas e incompatíveis.