Ciência

Infecções e mortes após vacinação contra covid são raras, diz estudo

A vasta maioria dos casos e mortes pós-vacinação ocorreram entre pessoas vulneráveis e idosas, segundo os pesquisadores

Profissional de saúde aplica vacina contra covid-19. (Ricardo Moraes/Reuters)

Profissional de saúde aplica vacina contra covid-19. (Ricardo Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 30 de abril de 2021 às 15h21.

Última atualização em 30 de abril de 2021 às 15h21.

Muito poucos pacientes de covid-19 idosos e frágeis estão sendo hospitalizados e morrendo mesmo depois de terem recebido a primeira dose das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, mas isto não significa que as vacinas não estão funcionando, disseram pesquisadores britânicos nesta sexta-feira.

Apresentando dados do mundo real sobre um subgrupo de pacientes de Covid-19 hospitalizados no Reino Unido, os pesquisadores disseram que as descobertas mostraram algum nível de "fracasso da vacina" -- casos em que pessoas vacinadas ainda se infectam e adoecem --, mas disseram que isto "não era inesperado".

"Isto está ocorrendo principalmente no grupo que corre mais risco de doenças futuras de qualquer maneira, que são os idosos. Estas pessoas são muito frágeis e muito idosas", disse Calum Semple, professor de saúde pediátrica e de surtos epidêmicos da Universidade de Liverpool e coautor da pesquisa.

"Não estamos dizendo que a vacina não funciona", explicou ele em entrevista coletiva. "De fato, estes são bons indícios do mundo real de que está funcionando. Mas eles também mostram que a vacina não é perfeita".

Os dados, publicados nesta sexta-feira para pré-impressão ainda sem o crivo da comunidade científica, mostraram que, entre pouco mais de 52 mil pacientes de Covid-19 hospitalizados, 526 haviam sido vacinados com uma primeira dose ou da vacina da AstraZeneca ou da vacina da Pfizer ao menos três semanas antes -- destes, 113 morreram.

A vasta maioria dos casos e mortes pós-vacinação ocorreram entre pessoas vulneráveis e idosas, segundo os pesquisadores.

Testes clínicos mostraram que a vacina da AstraZeneca é 76% eficaz contra doenças graves, e testes da Pfizer apontaram mais de 90% de eficiência.

Usando primeiro o imunizante da Pfizer e depois também o da AstraZeneca, o Reino Unido tem uma das distribuições de vacina contra Covid-19 mais rápidas do mundo -- mais de 33,8 milhões de primeiras doses já foram aplicadas e um quarto dos adultos já recebeu as duas doses.

  • Assine a EXAME e acesse as notícias mais importante em tempo real.
Acompanhe tudo sobre:AstraZenecaCoronavírusPandemiaPesquisas científicasPfizerReino Unidovacina contra coronavírusVacinas

Mais de Ciência

Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos

Missões para a Lua, Marte e Mercúrio: veja destaques na exploração espacial em 2024

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora