Ciência

Futuro do clima depende da emissão de gases, diz relatório

"Não há nenhuma explicação alternativa convincente para o aquecimento global do último século", diz o estudo americano

Aquecimento global: (Kacper Pempel/Reuters)

Aquecimento global: (Kacper Pempel/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 16h59.

Última atualização em 3 de novembro de 2017 às 18h15.

Washington - O ritmo acelerado das mudanças climáticas globais é quase certamente impulsionado por atividades humanas, de acordo com um relatório do governo dos Estados Unidos, que contradiz afirmações do presidente norte-americano, Donald Trump, e de membros do seu governo.

"Não há nenhuma explicação alternativa convincente para o aquecimento global do último século que seja baseada na mesma extensão de evidências observadas", diz o estudo de um grupo de mais de 50 cientistas do governo norte-americano, divulgado na sexta-feira.

O relatório, exigido pelo Congresso a cada quatro anos, foi escrito por cientistas de órgãos do governo como a Agência de Proteção Ambiental e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

Temperaturas futuras serão determinadas intensamente pela quantidade de dióxido de carbono emitido para a atmosfera, segundo o relatório. A média global do nível do mar deve crescer “ao menos diversos centímetros nos próximos 15 anos” por conta do aumento de temperaturas, de acordo com o relatório.

Trump chamou repetidamente mudanças climáticas de um embuste e em junho anunciou que iria retirar os Estados Unidos de um pacto global para combatê-las --chamando o acordo de muito custoso à economia norte-americana.

O chefe da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt, também expressou dúvidas sobre as causas das mudanças climáticas, em dado ponto dizendo não acreditar que dióxido de carbono de atividades humanas seja o principal impulsionador.

O porta-voz da Casa Branca Raj Shah disse: “O governo apoia análises científicas rigorosas e debate e encoraja comentários públicos sobre esboços de documentos sendo divulgados hoje.”

Autoridades da Agência de Proteção Ambiental não responderam imediatamente pedidos de comentários.

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