Oceano: A equipe, que chegou ao Mar de Chukotka no dia 26 de julho, está em pleno andamento com suas pesquisas (Mike Hill/Getty Images)
Agência
Publicado em 4 de agosto de 2023 às 16h43.
A bordo do quebra-gelo polar Xuelong-2, a 13ª equipe da China em expedição científica ao Oceano Ártico alcançou um marco significativo nesta quarta-feira, 2, ao completar com êxito o levantamento óptico marinho. A equipe, que chegou ao Mar de Chukotka no dia 26 de julho, está em pleno andamento com suas pesquisas.
O levantamento óptico marinho é uma parte essencial da pesquisa científica oceânica, uma vez que visa medir o processo de absorção e atenuação da energia da radiação solar no oceano. Para isso, a equipe utiliza equipamentos especializados para detectar a irradiância solar em diferentes profundidades do mar.
Segundo Zhong Wenli, professor associado da Universidade Oceanográfica da China, as pesquisas têm apontado um aumento notável na temperatura da superfície do Mar de Chukotka ao longo das últimas décadas, o que está diretamente relacionado à maior absorção de energia de radiação solar de ondas curtas pelo oceano. Esse aquecimento da superfície marítima desempenha um papel crucial no acelerado derretimento do gelo no Ártico.
A expedição, organizada pelo Ministério de Recursos Naturais da China, tem uma agenda diversificada, incluindo a investigação da geologia e geofísica da crista médio-oceânica, bem como pesquisas ambientais sobre a atmosfera, gelo marítimo, análises marítimas e subsuperfície, além de estudos sobre biomas e poluentes.
As atividades de pesquisa no Mar de Chukotka estão programadas para serem concluídas até meados de agosto. O compromisso contínuo com pesquisas científicas no Oceano Ártico destaca a importância das colaborações internacionais para entender e preservar esse ecossistema vital.