Coronavírus: milhares de variantes do coronavírus foram documentadas conforme o vírus foi se espalhando, incluindo as já conhecidas variantes britânicas, sul-africanas e brasileiras (Kaust/Ivan Viola/Divulgação)
André Martins
Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 07h55.
Existem mais de quatro mil variantes do novo coronavírus em todo o mundo. O alerta foi dado esta quinta-feira, 4, pelo ministro britânico responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento de vacinas no país, Nadhim Zahawi.
Milhares de variantes do coronavírus foram documentadas conforme o vírus foi se espalhando, incluindo as já conhecidas variantes britânicas, sul-africanas e brasileiras, que segundo estudos preliminares são mais transmissíveis.
“Todos os fabricantes, Pfizer-BioNTech, Moderna, Oxford-AstraZeneca e outros, estão procurando maneiras de melhorar suas vacinas para garantir que estamos prontos para qualquer variante - existem cerca de 4.000 variantes de covid em todo o mundo agora”, disse Zahawi ao canal de televisão Sky News.
Embora milhares de variantes tenham surgido à medida que o vírus sofre uma mutação na sua replicação, apenas uma pequena minoria será importante e alterará o vírus de maneira significativa, de acordo com o British Medical Journal.
“É muito improvável que a vacina atual não seja eficaz nas variantes, seja na britânica ou em outras, especialmente quando se trata de prevenir sintomas graves e hospitalização", explicou o ministro britânico.
A chamada variante britânica, conhecida como VUI-202012/01, tem mutações, incluindo uma alteração na proteína spike que os vírus usam para se ligar ao receptor ACE2 humano, o que significa que provavelmente é mais fácil de detectar.
"Temos a maior indústria de sequenciamento de genoma, cerca de 50% da indústria mundial, e mantemos uma biblioteca com todas as variantes para que estejamos prontos para responder – seja no outono ou depois – a qualquer desafio que o vírus nos possa apresentar e, quem sabe, produzir a próxima vacina", concluiu Zahawi.
Todos os vírus existentes no mundo passam por mutações – até mesmo a gripe. Isso acontece porque, uma vez no organismo humano, o vírus tende a procurar formas de evoluir geneticamente, tornando-se mais resistentes ao uso de medicamentos, por exemplo.
(Com informações da Reuters)