Ciência

Volta à Lua? Missão Blue Ghost inicia o plano ambicioso dos EUA

Iniciativa é feita em parceria com empresas privadas e terá duração de 45 dias

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 07h50.

Última atualização em 15 de janeiro de 2025 às 08h07.

A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) e as empresas Firefly Aerospace e SpaceX lançaram nesta quarta-feira da Flórida a missão Blue Ghost 1, que está programada para chegar à Lua em 45 dias para explorá-la por meio de dez instrumentos, como parte do programa Artemis para estabelecer uma presença humana permanente no satélite até o final da década.

A missão do módulo de aterrissagem da Firefly Aerospace, uma empresa aeroespacial do Texas, a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, decolou sem problemas do Centro Espacial Kennedy à 1h11 (horário local, 3h11 de Brasília), conforme estava programado.

A missão, que durará aproximadamente 60 dias, incluindo o percurso até a Lua e as operações na superfície lunar, faz parte do programa Serviços Comerciais de Carga Lunar (CLPS, em inglês) da Nasa.

Esta iniciativa busca fazer parcerias com empresas privadas para facilitar a entrega de ferramentas científicas e tecnológicas em apoio ao programa Artemis.

As cargas úteis desta missão incluem instrumentos projetados para estudar as propriedades do regolito lunar (os fragmentos de material depositados sobre a rocha sólida), as características geofísicas e a interação entre o vento solar e a magnetosfera da Terra.

Segundo a agência espacial americana, os dados coletados fornecerão informações essenciais para futuras missões tripuladas e não tripuladas, melhorando a compreensão do ambiente lunar e facilitando o desenvolvimento de tecnologias para exploração espacial.

As investigações científicas neste voo visam testar e demonstrar a tecnologia de perfuração do subsolo lunar, as capacidades de coleta de amostras de regolito, as possibilidades do sistema global de navegação por satélite, a computação tolerante à radiação e os métodos de mitigação da poeira lunar.

Os dados capturados podem beneficiar os humanos na Terra ao fornecer informações sobre como o clima espacial e outras forças cósmicas afetam a Terra.

Os instrumentos

Entre os instrumentos está o Regolith Adherence Characterization (RAC), que avaliará como a poeira lunar adere a diferentes materiais, informação crucial para o design de futuros equipamentos e trajes espaciais.

Também estarão a bordo o Lunar Environment Heliospheric X-ray Imager (LEXI), que capturará imagens da interação entre a magnetosfera da Terra e o vento solar, fornecendo dados valiosos sobre o clima espacial, e o Lunar Magnetotelluric Sounder (LMS), que caracterizará a estrutura e composição do manto lunar por meio de estudos de campos elétricos e magnéticos, ajudando a entender a evolução térmica da Lua.

Outro dos aparelhos é o Instrumentation for Subsurface Thermal Exploration with Rapidity (LISTER), que mede o fluxo de calor do interior da Lua, fornecendo informações sobre sua estrutura térmica.

Além disso, o Lunar GNSS Receiver Experiment (LuGRE) demonstrará a capacidade de usar na Lua sinais de sistemas de navegação por satélite, como GPS e Galileo, o que poderá melhorar a navegação lunar em missões futuras.

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