Ciência

EUA aprovam a primeira pílula eletrônica

Um sensor inserido na pílula emite um sinal que permite determinar a hora e a data em que ela foi ingerida

Remédios: os pacientes também podem permitir o acesso de seus médicos ao sistema através de um site (grThirteen/Thinkstock)

Remédios: os pacientes também podem permitir o acesso de seus médicos ao sistema através de um site (grThirteen/Thinkstock)

A

AFP

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 16h13.

As autoridades federais americanas autorizaram a comercialização do primeiro comprimido eletrônico, capaz de indicar se o paciente tomou o remédio e quando tomou.

Um sensor inserido na pílula emite um sinal que permite determinar a hora e a data em que ela foi ingerida, informou a Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) em um comunicado.

Este sistema de rastreamento foi autorizado para um tratamento contra a esquizofrenia, manias agudas e trastorno bipolar.

Trata-se do aripiprazol, comercializado sob o nome de Abilify desde 2002. A versão eletrônica se chama Abilify MyCite.

Uma vez ingerida a pílula, seu sensor, composto de cobre e silício, emite um sinal elétrico ao entrar em contato com os líquidos do estômago.

Depois de alguns minutos, esse impulso elétrico é captado por um patch colocado no tórax.

O patch, que deve ser substituído toda semana, transmite, então, a informação para um aplicativo que permite aos pacientes comprovarem a ingestão do medicamento em seu celular.

Os pacientes também podem permitir o acesso de seus médicos ao sistema através de um site.

"É possível rastrear a ingestão de medicamentos receitados, pode ser útil para pessoas com enfermidades mentais", afirmou o doutor Mitchell Mathis, diretor da divisão de tratamentos psiquiátricos do Centro de Pesquisa e Avaliação de Medicamentos da FDA.

Mas a FDA assinala que este sistema de rastreamento ainda não demonstrou capacidade de melhorar a ingestão regular de medicamentos.

O Abilify MyCite é comercializado pelo grupo farmacêutico japonês Otsuka Pharmaceutical Co., enquanto que o sensor e o patch são fabricados pela americana Proteus Digital Health.

Acompanhe tudo sobre:BiotecnologiaEstados Unidos (EUA)Remédios

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus