Ciência

Estudo sugere que coronavírus sobrevive em ambientes por até três dias

A pesquisa avaliou a sobrevivência do vírus fora do corpo humano

Coronavírus (dowell/Getty Images)

Coronavírus (dowell/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 13 de março de 2020 às 11h57.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 12h58.

São Paulo – O novo coronavírus da China (Covid-19) pode sobreviver fora do organismo humano por várias horas ou até três dias em determinadas superfícies. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde, agência do governo dos Estados Unidos.

O vírus pode sobreviver por mais tempo em plástico ou aço inoxidável, chegando a dois ou três dias de sobrevida. No ar, ele pode permanecer por 3 horas. Em cobre, resiste por 4 horas. Em papelão, por 24 horas.

Com base na tese dos cientistas, uma pessoa pode contrair o Covid-19 apenas por compartilhar o ambiente com uma pessoa infectada — mesmo que horas mais tarde.

O estudo, porém, não é conclusivo quanto à contaminação do novo coronavírus pelo ar.

Relevância científica

Dado o curto prazo de existência do Covid-19, apesar dos esforços globais da comunidade científica, muitos estudos a respeito do novo vírus ainda são preliminares — e esse novo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos não é exceção.

A pesquisa ainda carece de análise da comunidade, ainda que conte com a credibilidade de uma entidade de saúde pública governamental. Com isso, o estudo ainda não pode ser levado em conta como guia para a prática clínica.

Como o coronavírus entra no organismo

Em um estudo científico publicado na revista Science em caráter extraordinário, pesquisadores do Instituto para Estudos Avançados de Hangzhou, da Universidade Westlake de Hangzhou e da Universidade de Pequim, analisaram o contágio do Covid-19 no corpo humano.

A descoberta foi que o vírus se liga a uma proteína presente na membrana celular do organismo humano. Com isso, os cientistas abrem caminho para uma pesquisa de novas drogas que agem para conter o contágio do coronavírus. Agora, a expectativa é que a comunidade científica consiga definir a estrutura completa dessa proteína para que, assim, as pesquisas avancem mais.

Apesar de já haver algumas possíveis vacinas para o Covid-19, ainda falta cerca de um ano para que estejam efetivamente prontas para aplicação em ampla escala na população mundial.

A economia e o coronavírus

Como mostra a reportagem de capa da Revista EXAME desta quinzena, a OCDE, clube dos países ricos, lançou um relatório que projeta que o impacto mundial do coronavírus deve devorar de 0,5 a 1,5 ponto percentual do PIB global. Trata-se de um valor de 500 bilhões a 1,4 trilhão de dólares em geração de riqueza que simplesmente deixará de existir por causa do Covid-19.

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