Cloroquina; remédios; coronavírus (Brasil2/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 4 de junho de 2020 às 16h57.
Última atualização em 4 de junho de 2020 às 21h51.
O estudo feito com dados de 96 mil pessoas sobre o uso dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina contra o novo coronavírus, publicado pelo respeitado jornal científico The Lancet, teve seus dados contestados por mais de 100 médicos e pesquisadores. Agora, os autores publicaram uma retratação por não poder garantir a autenticidade dos dados usados na pesquisa.
O estudo servira de orientação para a Organização Mundial da Saúde pedir a suspensão de testes do medicamento.
Com a retratação pública, o estudo não deve ser consirado por autoridades de saúde, nem mencionado em futuras pesquisas como referência.
A cloroquina é um medicamento usado contra a malária e foi promovido publicamente por políticos do Brasil e dos Estados Unidos, mesmo sem haver comprovação científica sobre a sua eficácia no tratamento da covid-19.
Em um estudo feito por pesquisadores de Manaus, o uso do medicamento esteve ligado a mais mortes.
Outros dois estudos, feitos com mais de mil pessoas, indicaram que a hidroxicloroquina não teve benefícios no tratamento da covid-19.
Por ora, não há tratamento clínico aprovado, medicamento ou vacina que sejam especificamente feitos para combater a covid-19.